Colunista Joice Vancoppenolle: “Os vinhos mais conhecidos de Portugal”

 

Atualmente leitor, Portugal está em plena revolução e surgem excelentes produtores em todas as regiões, sem exceção, quer se trate das DOC ou das zonas de vinho regional. A região Norte, onde está localizada a DOC (Denominação de Origem Controlada) Porto, é reservada aos vinhos fortificados brancos e tintos produzidos no meio de uma região delimitada que segue o vale do “Douro” no norte de Portugal.

A denominação Porto é a mais estritamente controlada no mundo, em cada etapa de sua produção, desde uma classificação simples até degustações de prazer particularmente exigentes. As cepas principais dessa região são a Touriga Nacional, Tinto Cão, Tinta Roriz, Tinta Barroca e Touriga Franca. As cepas brancas são a Sercial, também conhecida como Esgana-Cão, Folgasão, Verdelho, Malvasia, Rabigato, Viosinho e Gouveio.

Os solos da região norte portuguesa são xistosos(argilosos) e somente esse tipo de solo do vale do Douro e seus afluentes, tem o direito de produzir o Porto. Esses vinhos são doces, potentes, intensos. Preenchem o palato com um sabor suave e ocasionam na boca uma sensação rara de plenitude. Entre as grandes famílias de portos tintos estão os Portos Tawny e os Portos Ruby. Ambos envelhecem em um de mais tempo em barril para ostentar uma cor evoluída e aromas terciários de café, noz, frutas secas, figo, cedro, que se afinam e se tornam mais complexos com o tempo. Os Tawny envelhecem no mínimo 3 anos em madeira, os Tawny Reserva, 7 anos no mínimo e os Tawny safrados, no mínimo 10 anos.

Já os Portos Ruby, ao contrário dos Tawny, se beneficiam de um envelhecimento mais breve em madeira antes de serem engarrafados. Os Ruby, quando jovens, são coloridos, muito intensos, repleto de aromas de frutas negras e vermelhas. Na boca, são potentes e superiores. O Porto Vintage, designa um Porto safrado, proveniente de anos excepcionais e engarrafados entre 2 e 3 anos após a colheita. Também existe uma produção, muito minoritária, de portos brancos provenientes unicamente de uvas brancas e envelhecidas em madeira. Eles podem ser semissecos ou doces e são geralmente tenros, redondos, sem a complexidade dos portos tintos.

DOC Douro, a denominação cobre a mesma área de produção do DOC Porto. Os vinhos do Douro utilizam o mesmo viveiro de cepas do Porto entre as quais algumas dominam amplamente.

Vamos as cepas principais do Douro:

Em tinto: Touriga Nacional, Tinto Cão, Tinta Roriz, Tinta Barroca, Touriga Franca, Trincadeira e Souzão para os tintos. Malvasia, Rabigato, Viosinho e Gouveio para os brancos.

Os vinhos dessa região apresentam estilos variáveis. Em geral são coloridos, intensos em aromas, potentes e tânicos; por vezes dotados de um belo frescor mineral, capazes de suportar bem o amadurecimento em madeira. Já os brancos são aromáticos, macios e refrescantes e com grau de álcool muito razoável.

O DOC Vinho Verde, data de 1908 e é uma das mais vastas e mais conhecidas de Portugal. São vinhos brancos leves, frescos e aromáticos, a serem bebidos jovens(daí seu nome vinho “verde”), mas a região também produz tintos com perfil similar, bem como efervescentes, rosés e brancos.

As cepas principais são: Alvarinho, Arinto, Avesso, Azal, Batoca e Loureiro, (em brancas). Alvarelhão Amaral, Borraçal, Pedral  e Vinhão (em tintas).

Concluindo, Portugal está produzindo excelentes vinhos e em grande escala em várias regiões por todo o país. Como resultado, está perdendo sua imagem de um simples local para se procurar pelo vinho do Porto.

“O vinho é o melhor lugar para se encontrar com os amigos.”

Charles Beaudelaire

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