Sexo seguro pode evitar Infecções Sexualmente Transmissíveis e infertilidade

Foto: reprodução

por Carol Campos

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS)o Brasil deve registrar cerca de 12 milhões de casos novos de IST’s (Infecções Sexualmente Transmissíveis)por ano. As IST’s são infecções transmitidas através de relações sexuais e causadas por vírus, fungos, protozoários e bactérias. A gonorréia, a clamídia, a tricomoníase, a sífilis, o  HPV  (condiloma acuminado ou verruga genital), herpes genital, hepatite B e a AIDS (infecção pelo vírus HIV) são as IST’s mais comuns. 

Segundo a médica Gérsia Viana, especialista em Reprodução Humana e diretora do Centro de Medicina Reprodutiva – Cenafert, qualquer pessoa que tenha uma relação sexual sem proteção está exposta às Infecções Sexualmente Transmissíveis. A médica adverte sobre o risco de complicações graves, que podem ser causadas por essas infecções, como a gravidez nas trompas, o aborto e a infertilidade. “A infecção pelo HPV é a principal causa do câncer do colo do útero”, lembra a especialista. Os preservativos também são uma maneira de evitar gravidez indesejada, pois representam um método anticoncepcional seguro, quando usados de forma adequada.

IST’s e Infertlidadade

As IST’s podem causar danos no aparelho reprodutor nos dois sexos e levar à infertilidade. Nas mulheres, por exemplo, podem provocar obstrução das trompas, impedindo a gravidez pelo processo natural. Nos homens, a gonorreia e a clamídia são capazes de causar obstrução dos canais por onde transitam os espermatozoides – os condutos deferentes.  “O uso do preservativo em todas as relações sexuais é a principal forma de prevenção”, explica a médica Gérsia Viana. A especialista ressalta a importância do sexo com proteção para prevenir doenças, que podem levar, dentre outras consequências, à infertilidade.

Além da infertilidade, as complicações causadas pelas Infecções Sexualmente Transmissíveis também podem causar doenças neonatais, abortamento, gravidez ectópica (gravidez nas trompas), câncer de colo de útero e até mesmo a morte. As IST’s, principalmente as que causam feridas, também aumentam o risco de transmissão do vírus da Aids. 

É importante parar de ter relação sexual e buscar um médico, imediatamente, ao notar qualquer sintoma na região genital, como feridas, bolhas, verrugas, inchaço, secreção, mal cheiro, ardência ou coceira, dor pélvica ou mesmo dor no ato sexual. O parceiro deve ser informado para que faça uma avaliação médica também. O tratamento deve ser realizado simultaneamente pelos parceiros. A maioria das IST’s tem cura, mas um dos agravantes dessas doenças é que muitas vezes elas não se manifestam. A pessoa pode estar infectada e ser um portador assintomático, se tornando um transmissor da doença que poderá evoluir até causar danos maiores. A especialista lembra ainda sobre a necessidade de realizar exames preventivos anuais. 

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