Você se compara muito? Hábito pode influenciar sintomas da depressão

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Segundo coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, o movimento constante de comparação pode influenciar nos sintomas da ansiedade e até da depressão

Com o aumento do uso das redes sociais e a expansão dessa potente ferramenta para fins comerciais e profissionais, cada vez mais os usuários buscam reforço social através da visualização, publicação e compartilhamento de momentos que remetem alegrias, conquistas, desafios, como a rotina do dia a dia e no ambiente de trabalho, encontros com a família e amigos, viagens, jantares em bons restaurantes, o dress code para determinada ocasião, corpos perfeitos e demais tendências do momento. Mas será mesmo que a “grama do vizinho tem mais likes que a nossa”?

Segundo a coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, Anna Rúbia, todos nós estamos desempenhando papéis em diferentes áreas, e nas redes sociais é possível identificar quem busca um reforço social mediante ao que se compartilha ou segue.

“Nem tudo que reluz nas redes sociais é ‘verdadeiro’. Temos uma tendência para compartilhar com o outro apenas alguns momentos e informações, geralmente o lado mais bonito culturalmente, mais próspero e feliz. Contudo, todos nós também vivenciamos os momentos desafiadores… que fazem parte da vida e que podem promover aprendizado e movimento em sua em maioria, mas que nem sempre são compartilhadas através da internet”, opina a especialista.

O ponto central para evitar as comparações, segundo a psicóloga, é entender que cada indivíduo é único e que a sua história de vida é diferente quando se compara a outras pessoas. Há pessoas que conseguem o trabalho dos sonhos, casa ou carro do ano antes dos trinta anos, mas há também aqueles que não conseguiram ainda nesse tempo, mas que possuem outras grandes conquistas que também promovem grande felicidade e motivação.

Tantas comparações, segundo a psicóloga, podem influenciar nos sintomas da ansiedade, depressão, como também evidenciar alguma sensação de frustração e baixa estima.

“O significado de felicidade não se resume apenas a um aspecto cultural ou social. Cada um tem um conceito próprio acerca do que é felicidade. O que nos faz feliz envolve a nossa história, as nossas metas, o que já conquistamos, as nossas aspirações, o que nos deixa leve, bem como outros fatores. Por esse motivo, o autoconhecimento se faz tão importante atualmente. Sabendo o que nos faz bem e o que nos promove a sensação de felicidade, é que podemos conquistar os nossos sonhos”, acrescenta Anna.

A seguir, a professora universitária elenca algumas dicas importantes para evitar as comparações:

Cada pessoa é única: temos trajetórias de vida singulares, que nos tornam únicos. E são essas diferentes experiências que impactam nas nossas escolhas, decisões e conquistas. Com isso, a comparação nem sempre é algo justo, tanto para quem se compara como com quem é comparado. Todos nós estamos seguindo nossos próprios caminhos, com as dores e alegrias inerentes a cada ser.

Prepare-se: “Os frutos vêm depois do plantio”. Um emprego dos sonhos e/ou aquela viagem incrível envolve em grande parte empenho e dedicação. Poucas vezes as conquistas de uma pessoa “caem do céu”.

Foque em você: ao se comparar com outra pessoa, não podemos deixar de lembrar que somos a pessoa central da nossa história. As conquistas e o modo de vida dos outros podem ser inspirações ou exemplos para recalcular a rota, estabelecer metas; mas lembrando sempre que somos o nosso primeiro lugar.

Comemore as conquistas: o resultado é apenas a cereja do bolo, e o caminho percorrido até a chegada é extremamente relevante e repleto de grandes aprendizados, experiências, conhecimento e vivências. Não deixe de comemorar pequenas conquistas, os pequenos e grandes passos.

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