Troca de alimentos: especialista dá dicas de itens para você manter o valor nutricional das refeições

 

O cenário econômico tem sido bem preocupante para as famílias brasileiras, sobretudo com a alta nos preços da cesta básica. De acordo com a pesquisa divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), na última semana, o valor da cesta básica, em janeiro, aumentou em 13 das 17 capitais brasileiras. Considerando os últimos 12 meses, há diversas altas na faixa de 30%, acima da inflação. Neste cenário, o jeito acaba sendo fazer substituições para manter os nutrientes na mesa, mesmo que seja com outros alimentos.

Alguns itens essenciais no cardápio dos brasileiros apresentaram este aumento no valor, a exemplo do feijão, da carne bovina, batata e banana. Em Salvador, o grande vilão desta vez foi o pão francês, que apresentou um aumento de 8,77%. A nutricionista do Sistema Hapvida, Michele Arruda, orienta como a troca desses alimentos deve ser feita por outras opções que mantenham o valor nutricional equilibrado.

No lugar do feijão, que possui um alto teor de ferro, Michele recomenda o consumo de leguminosas como lentilha, grão de bico ou ervilha, mas, por elas também apresentarem um preço pouco acessível, a especialista destaca outras possibilidades. “Pensando em manter as substâncias do feijão com itens que não pesem muito no orçamento, vegetais verdes escuros, a exemplo do brócolis, folha de couve e beterraba, além do uso do cuscuz, feito com fubá de milho são algumas sugestões para a população”, comenta.

No caso da batata inglesa, que teve um aumento registrado em nove capitais brasileiras, a nutricionista direciona para a ingesta de carboidratos com índice glicêmico mais baixo, a exemplo de raízes como inhame, batata doce e aipim.

Comer menos é uma boa opção?

Diante dos valores, muitos podem se questionar se reduzir a quantidade de refeições ao longo do dia pode ser viável para manter um equilíbrio no orçamento mensal. A nutricionista faz o alerta de que não é indicado suprimir nenhuma refeição. “A pessoa pode ter uma deficiência nutricional caso não faça as três refeições básicas – café da manhã, almoço e jantar”, explica.

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