Problemas na coluna atingem um em cada cinco adultos; confira dicas de prevenção

Foto: Freepik


Seja no trânsito, em casa ou no trabalho, a má postura pode contribuir com quadros dolorosos que estão cada vez mais presentes na vida Brasileiros. Segundo o último levantamento feito pela Pesquisa Nacional de Saúde, aproximadamente 21,6% dos adultos (34,3 milhões de pessoas) afirmaram sofrer de problemas crônicos de coluna. Em 2013, o índice era de 18,5%. A dor nas costas, especialmente a dor lombar baixa, constitui causa frequente de morbidade e incapacidade, sendo um dos distúrbios dolorosos que mais afetam o homem. Em alguma época da vida, de 70 a 85% de todas as pessoas sofrerão um episódio de dor nas costas. A tendência preocupa especialistas, que consideram o sendentarismo a maior causa de doenças vertebrais.
 

Como explica o coordenador do curso de Fisioterapia da Faculdade Anhanguera de Teixeira de Freitas, professor Dr. José Gustavo Padrão Tavares, os incômodos na coluna são divididos entre as “dores nas costas” (na região lombar e dorsal) e “no pescoço” (região cervical). “A má postura e o exagero ao carregar algum tipo de peso estão entre as principais causas para dores e doenças na região da coluna”, afirma o fisioterapeuta.

As articulações do corpo, inclusive as dos arcos vertebrais, são protegidas por musculatura. A prática de atividades físicas é benéfica para o fortalecimento muscular, que ameniza as cargas do dia a dia (ao segurar bolsas, sacolas, mochilas, por exemplo) e previne problemas na coluna — alguns deles, em estágios avançados, necessitam de tratamentos complexos ou não possuem cura.
 

As hérnias de disco, uma das principais causas de afastamento do trabalho e de pedidos de aposentadoria, podem não apresentar sintomas ou provocar dores pontuais de intensidade leve nas primeiras fases. Caso os sinais não sejam investigados por um profissional de saúde, o quadro pode evoluir para uma compressão dos nervos exercida por parte do discos extravasados, quadro que só pode ser corrigido por meio cirúrgico.

O docente da Anhanguera destaca os principais pontos de atenção para prevenir o problema:
 

Fortalecimento. Praticar atividades físicas com periodicidade mínima três vezes por semana e realizar fortalecimento da musculatura abdominal e paravertebral. Exercícios de alongamento são também são importantes para a movimentação e para prevenção de lesões na região das costas e dos membros inferiores.

Postura. Pessoas que passam boa parte do tempo sentadas precisam ter atenção à postura e manter os pés completamente apoiados no chão, com os joelhos em ângulo de 90º e monitores na altura dos olhos. É indicado evitar cruzar as pernas, para que haja distribuição uniforme do peso.

Movimentação. Não é saudável ficar em uma mesma posição por muito tempo. A recomendação é para alternar 45 minutos sentados e 15 minutos em pé para aliviar a tensão muscular.

Pesos. Carregar pesos pode ser uma armadilha quando não há cuidado. Para pegar objetos do chão, o correto é dobrar os joelhos para se agachar. Ao segurar sacolas, não é indicado sobrecarregar uma única mão e mochilas e bolsas devem corresponder, no máximo, 5% do peso corporal.

Sono. A posição inadequada ao dormir pode provocar dores nas costas e no pescoço. O ideal é dormir de lado, com a cabeça apoiada na linha da coluna e, se possível, com uma almofada entre os joelhos. As pessoas que gostam de ficar com barriga para cima, devem escolher travesseiros baixos. Deitar-se de bruços pode prejudicar a lombar.

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