Natal: entenda por que essa época mexe tanto com as pessoas

Imagem de Wiroj Sidhisoradej no Freepik

Proximidade da data costuma deixar as pessoas mais amorosas, mas há também aqueles que rejeitam o Natal
 

Presentes em volta da árvore, decoração especial com muitas luzes, a representação do presépio, a mesa farta e a família e os amigos reunidos para comemorar. Dezembro é uma época que torna presente muitos sentimentos em todos nós, pois, segundo a psicóloga e professora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, doutoranda Thais Vargas, o Natal está tão enraizado culturalmente em nossa vida, que é quase impossível ficar indiferente.
 

“Dezembro e as festas de final de ano podem representar conquistas e comemorações por tudo que se viveu nos meses anteriores, e também remetem à grande oportunidade de reunir toda a família para contemplar sentimentos e reencontros. É um tempo de balanços e reflexões, e por esse motivo muitas pessoas tendem a agir de forma mais emotiva”.
 

Outro aspecto que explica a forte ligação que a nossa cultura tem com o Natal é o fato de a data simbolizar a renovação e a vida nova, recordando sentimentos positivos de que tudo vai melhorar no ano que se inicia em breve. O ser humano, no âmbito psicológico, sente-se reconfortado com a ideia de um futuro promissor e próspero.
 

A psicóloga lembra também que o Natal pode ter significados diferentes a partir das concepções e vivências de cada um, além da fase da vida em que o indivíduo está. O Natal, com toda a magia do Papai Noel, tem um simbolismo para a criança, que não será o mesmo para quem está entrando na vida adulta e precisa preparar sua própria ceia natalina, por exemplo; ou ainda para o pai, mãe ou avós que estão inserindo a tradição natalina na família para um filho ou neto. O importante é que cada um reflita e assimile esse período, recriando novos significados.
 

HÁ QUEM NÃO GOSTE DO NATAL, E ESTÁ TUDO BEM!
 

Todo mundo deve se curvar às tradições natalinas? A resposta é: não! Assim como o personagem da literatura e do cinema, “o Grinch”, que é indiferente ao Natal (mas que com o desenrolar da história acaba tendo o coração tocado pelo momento), na vida real também há aquelas pessoas que passam bem longe das comemorações.
 

Para a psicóloga, isso pode ter origem em diversos traumas do passado, como a falta de um ente querido que movimentava essa época do ano e era responsável por reunir a família; por não ter recebido presentes enquanto criança, por conta das condições financeiras; ou ainda por conta de algum evento marcante, como o fim de um relacionamento ou a perda de um emprego que tenha acontecido em dezembro.
 

E como o espírito natalino envolve boas vibrações, quem não gosta do Natal não deve ser julgado, mas entendido. “Todos nós devemos ser entendidos e respeitados, independente da forma como agimos ou encaramos certas situações”, finaliza a docente.

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