Mulheres que se exercitam têm 25% menos chances de terem Parkinson, diz pesquisa

Foto Divulgação-Mulheres que se exercitam têm 25% menos chances de terem Parkinson.

Mulheres que se exercitam têm 25% menos chances de terem Parkinson, diz pesquisa

Luiz Evandro, Diretor Técnico da Rede Alpha

De acordo com um estudo inédito, publicado na revista científica Neurology, conduzido por pesquisadores franceses da Universidade Paris-Saclay, a prática regular de atividade física pode reduzir o risco de mulheres desenvolverem Parkinson em até 25%. Os autores observaram que o risco de desenvolver a doença diminui à medida que aumenta o nível de atividade física. Aquelas que praticavam mais exercícios – tanto em tempo, quanto de intensidade – apresentaram um risco 25% menor em comparação àquelas que se exercitavam pouco. Segundo o artigo, além de melhorar sintomas motores e não motores da doença, a atividade física pode prevenir ou retardar o desenvolvimento do Parkinson. “Praticar exercícios de quatro a cinco vezes por semana, por pelo menos 40 minutos, incluindo modalidades como dança, esteira, hidroterapia e bicicleta auxiliam na saúde global das mulheres, amenizando muitos problemas e prevenindo outros muitos. Esse estudo traz mais uma vantagem para esse rol”, explica Luiz Evandro, Diretor Técnico da Rede Alpha Fitness.

O Parkinson é uma doença neurodegenerativa, crônica e progressiva, causada pela queda na produção de dopamina, um neurotransmissor envolvido nos movimentos voluntários do corpo, levando à perda do controle motor e a sintomas característicos, como lentidão, rigidez nas articulações e tremores em repouso, além de desequilíbrio, entre outros. A pesquisa acompanhou quase 100 mil voluntárias, a partir de dados de um estudo realizado com trabalhadores da área da educação, sendo a grande maioria professoras. Nenhuma tinha a doença no início do acompanhamento. Ao longo da pesquisa, a atividade física foi avaliada por meio de seis questionários, que incluíam perguntas detalhadas sobre a distância caminhada diariamente, se a pessoa precisava subir escadas, tempo gasto semanalmente em tarefas domésticas leves e pesadas, atividades recreativas moderadas (como jardinagem ou esportes de intensidade moderada) e exercícios vigorosos.

Embora não haja cura para a doença, é possível manter os sintomas sob controle, com o uso de medicamentos, atividade física e, em alguns casos, com a estimulação cerebral profunda, que utiliza uma espécie de marca-passo implantado cirurgicamente para produzir um estímulo elétrico capaz de modular as estruturas nervosas que causam os sintomas.


Christiane Midlej

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