Livro “Detetive Gui” chama atenção para DMD, doença rara e progressiva


Foto: Divulgação

Depois de estrelar o videoclipe “Se eu cair, vou levantar” com os músicos Sandra Peres e Paulo Tatit, da dupla Palavra Cantada, o personagem Detetive Gui ganha seu primeiro livro, que busca de forma leve e ao mesmo tempo didática, conscientizar a sociedade a respeito da distrofia muscular de Duchenne (DMD), bem como a relevância do diagnóstico precoce e a importância do cuidado adequado. A iniciativa é da PTC Therapeutics, biofarmacêutica global, e os interessados podem baixar a versão digital do exemplar por meio deste site. A jornada do personagem ganha destaque também nas redes sociais hub de conteúdo Movimento Duchenne, durante todo o mês de setembro, que marca o Dia Nacional de Conscientização sobre a Distrofia Muscular de Duchenne (7/9).

Gui é bastante curioso. Desde pequeno sempre levou a vida de maneira leve e divertida. Com a ajuda de sua família, de seu médico, ele teve a sorte de ser diagnosticado precocemente. As aventuras do Detetive Gui mostram que atentar para alguns sinais pode fazer muita diferença. No livro, o personagem conta que seus pais começaram a desconfiar que algo estava diferente com ele – por conta da demora para andar, aumento da batata da perna e quedas frequentes. Diante da suspeita, os pais do Gui procuraram um médico e investigaram o que poderia ser, até que chegaram ao diagnóstico da distrofia muscular de Duchenne, aos três anos de idade. Entretanto, a notícia não o abalou, pois ao colocar sua capa superpoderosa, Gui passa a ter qualidade de vida. No caso, a capa seria uma metáfora para o manejo adequado da doença.

No caso, a capa seria uma metáfora para o manejo adequado da doença. “O Detetive Gui nasceu com o objetivo de personificar a jornada de cuidados em saúde de quem tem Duchenne, sendo uma forma encontrada para conscientizar pacientes, familiares, profissionais de saúde e sociedade em relação à condição. A trajetória dele é um exemplo do que precisamos para todas as pessoas acometidas pela DMD: diagnóstico precoce e um cuidado adequado que abrange uma abordagem multidisciplinar. Isso é fundamental na vida de quem tem a doença, proporciona melhor qualidade de vida”, explica Rogério Silva, vice-presidente e gerente geral da PTC Therapeutics no Brasil, responsável pela publicação e distribuição da edição.

Progressiva e sem cura, a DMD é a forma mais comum de distrofia muscular em crianças. Ela é provocada por uma alteração genética em que a proteína distrofina, que garante a estabilidade da membrana do músculo, não é produzida.1 No Brasil, a estimativa é de aproximadamente 300 novos pacientes a cada ano.2 Os sintomas da DMD se tornam mais evidentes entre os dois e cinco anos de idade, momento em que as crianças apresentam quedas frequentes, aumento das panturrilhas, correr e andar nas pontas dos pés, dificuldade para se levantar e para subir e descer escadas.3

Desde os sintomas iniciais da DMD e conforme a doença progride, a criança necessita de cuidados específicos de reabilitação, como a fisioterapia. Mesmo sem queixas aparentes, o início da intervenção deve ser precoce, evitando as complicações secundárias, como deformidades (escolioses, por exemplo) e progressão acelerada da fraqueza muscular, mantendo a funcionalidade e independência desses pacientes por mais tempo.4 Para conhecer mais sobre a doença e a campanha de conscientização, acompanhe as redes sociais do Movimento DuchenneFacebookYouTube e Instagram.

Livro Detetive Gui
Projeto gráfico: Estúdio Casa Duas
Texto: Leilane Maciel e Rodrigo Giorgino
Ilustração: Douglas Carvalho

Saiba mais sobre a distrofia muscular de Duchenne (DMD)
A distrofia muscular de Duchenne (DMD) é uma doença de base genética que causa fraqueza e perda de massa muscular de forma progressiva. Ligada ao cromossomo X, afeta os meninos.5 A alteração genética faz com que a proteína distrofina não seja produzida. Na ausência desta proteína, a musculatura torna-se frágil e ao longo do tempo vai se degenerando. O saldo final é a fraqueza, que impede os pacientes de subir escadas, caminhar e movimentar os braços ao longo da progressão da doença. Em fases avançadas da DMD, o comprometimento muscular é extenso, afetando inclusive a musculatura respiratória, o que pode acarretar distúrbios pulmonares com risco de morte, exigindo a necessidade de suporte ventilatório, além de complicações cardíacas.

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