Licores artesanais da agricultura familiar brindam às festividades juninas com sabores autênticos

Foto: SDR

Com a chegada do mês de junho, os preparativos para as festividades juninas estão a todo vapor na Bahia. Além das tradicionais comidas típicas e danças folclóricas, uma tradição que ganha destaque é a produção artesanal de licores pela agricultura familiar.  

Entre os diversos sabores e aromas que encantam os apreciadores de licores se destacam iguarias como licor de mel de cacau, de umbu, de licuri, de palma, de buriti e de puçá. Com ingredientes provenientes da rica biodiversidade do estado, essas bebidas artesanais são verdadeiras preciosidades que representam uma união entre tradição e sustentabilidade. 

Direto de Curaçá, tem o sabor autêntico do licor de palma da Associação de Mulheres em Ação da Fazenda Esfomeado (Amafe), uma bebida tão tradicional quanto o próprio São João. Feito a partir da herança do suco da palma, cacto típico do Nordeste, esse licor encanta com sua cor vibrante e sabor único.  

O licor de mel de cacau é produzido a partir do néctar das flores do cacaueiro, é cuidadosamente coletado e processado pelos agricultores familiares da Bahia Cacau, marca da Cooperativa da Agricultura Familiar e Economia Solidária da Bacia do Rio Salgado e Adjacências (Coopfesba), no município de Ibicaraí, e da Natucoa, da Cooperativa de Serviços Sustentáveis da Bahia (Coopessba), de Ilhéus. A doçura e o aroma do mel de cacau são então combinados com ingredientes selecionados, desenvolvidos em um licor de sabor exótico e irresistível. 

Mais inovação 

Já o licor de licuri é uma homenagem a uma palmeira nativa da Caatinga, conhecida pelo seu fruto saboroso e contemporâneo. Os agricultores familiares da Cooperativa de Produção da Região do Piemonte da Diamantina (Coopes), de Capim Grosso, aproveitam as amêndoas do licuri para a produção de um licor de sabor único e marcante. Com um toque levemente adocicado e um leve amargor característico, esse licor desperta os sentidos e revela toda a riqueza do bioma caatinga. 

Tem também o licor de buriti, encanta com sua cor alaranjada intensa e sabor frutado inconfundível. Já o licor de puçá, fruto típico do cerrado brasileiro, conquista com seu sabor suave e levemente adocicado, traz o aroma e o frescor dessa rica região do país.  Ambos são produzidos pela Associação dos Brejos de Pilão Arcado.  

O umbu, fruto do semiárido, também se destaca nessa festa de sabores. Com sua acidez característica, o licor de umbu da Cooperativa Regional de Agricultores (as) Familiares e Extrativistas da Economia Solidária (Coopersabor), do município de Monte Santo, surpreende com sua refrescância e equilíbrio de sabores. A Coopersabor produz ainda licor nos sabores de maracujá, maracujina cremoso, licuri, jabuticaba, jenipapo, jabuticaba e cajá. 

A produção desses licores valoriza não apenas os sabores típicos, mas também contribui para a preservação da cultura local e geração de renda nas comunidades rurais. Os agricultores familiares apoiados pelos projetos da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), Bahia Produtiva e Pró-Semiárido, encontraram melhorias na produção e oportunidades de comercialização, seja por meio de empreendimentos comerciais, feiras regionais, nacionais e até internacionais.  

Além disso, a produção de licores artesanais, a partir de ingredientes locais, incentiva os sistemas produtivos e promove a valorização da biodiversidade da Bahia. 

Os licores estão sendo vendidos nas regiões onde são produzidos. Em Salvador, diversos sabores da agricultura familiar baiana, podem ser encontrados no Empório da Agricultura Familiar, localizado no Mercado do Rio Vermelho.  *SDR

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