Insônia influencia no desempenho cognitivo e aumenta risco de Alzheimer

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Distúrbio do sono afeta cerca de 53% da população mundial

A insônia é um dos distúrbios do sono mais comuns. Atinge entre 30% e 35% da população mundial. É mais comum entre as mulheres, principalmente a partir da puberdade. Estudos mostram que 75% dos pacientes com depressão relatam dificuldade para dormir ou insônia. 

O sono de má qualidade também colabora para a queda da imunidade do corpo. “É durante o sono que o corpo passa pelo processo restaurador dos tecidos, por exemplo. O metabolismo é regulado e a restauração da energia ocorre nesse período, contribuindo para a bom funcionamento do organismo”, destaca Frederico Lacerda, médico neurologista e professor do curso de Medicina da Faculdade Pitágoras Eunápolis.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 40% das pessoas não dormem como gostariam. As noites mal dormidas afetam o cérebro provocando cansaço, falta de concentração e diminui o desempenho cognitivo. Mas pesquisas apontam que a insônia pode ser um fator de risco para o Alzheimer e outras doenças neurodegenerativas. 

Pesquisas realizadas com pessoas saudáveis ​​mostraram que as que sofrem de insônia apresentam alterações em algumas áreas do cérebro que também são afetadas nos estágios iniciais da doença de Alzheimer.  

O neurologista explica que a falta de noites bem dormidas provoca uma série de problemas e mudanças no organismo. “Lentificação psíquica, fadiga, olheiras e sonolência diurna, são resultados de uma noite mal dormida. Esse cansaço pode provocar ainda perda de memória de curto prazo, obesidade, envelhecimento precoce, diabetes, ansiedade, hipertensão e falta de apetite, entre outros”, cita o especialista. 

Para melhorar a qualidade do sono, o médico recomenda a adoção de alguns hábitos simples. 

– Crie um ambiente de sono com pouca luz

– Desligue a televisão, celular e computador na uma hora antes de dormir

– Não beba ou coma alimentos com cafeína a noite 

– Reduza as atividades com alto nível de estímulos físicos e mentais à noite

– Pratique atividades físicas diariamente, preferencialmente, até o início da tarde

– Evite cochilos, uso de bebidas alcoólicas e/ou estimulantes.

– A cama não deve ser usada para “ficar deitado”, estudar, ler, ver TV, jogar. Procure o leito apenas quando já estiver com sono. 

– Se não tiver sono, procure atividades entediantes, ler livros chatos à noite seria um bom exemplo, mas leia fora da cama. 

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