IBGE-BA: Em 2023, Bahia registra safra recorde de grãos, 6,9% superior ao ano anterior; porém, prognóstico para 2024 é de queda de 9,3%

10 de janeiro de 202410 de janeiro de 2024 Atualiza Bahia 0 Comentário

Em 2023, Bahia registra safra recorde de grãos, 6,9% superior ao ano anterior; porém, prognóstico para 2024 é de queda de 9,3%

** Última estimativa de 2023 mantém previsão de safra recorde de grãos na Bahia no ano, ficando em 12.148.058 toneladas, 6,9% superior à produção de 2022;

** Em dezembro, foi mantida estimativa de que, dentre todas as 26 safras investigadas no estado, 12 tenham aumento em 2023 frente ao colhido em 2022;

** Terceiro prognóstico para 2024, porém, prevê uma queda de 9,3% na safra baiana de grãos frente a safra 2023;

** Este prognóstico para a safra de 2024 registrou queda de 6,5% em relação aos anteriores, apontando retrações ainda maiores nas produções de soja (-5,9% em relação a 2023) e milho 1ª safra (-27,5% em relação a 2023);

** Frente a 2023, prognóstico para 2024 aponta que 14 das 26 safras investigadas na Bahia devem apresentar crescimento;

** No Brasil, o terceiro prognóstico indica que, em 2024, a safra de grãos deverá chegar a 306,5 milhões de toneladas, com redução de 2,8% em relação a 2023.

A estimativa final para a safra baiana de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2023 mostrou, em dezembro, uma manutenção frente a previsão de novembro, o que representa uma produção de 12.148.058 toneladas.

Com isso, a safra baiana de grãos em 2023 é a maior da série histórica do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado pelo IBGE desde 1972, com um aumento de 6,9% (ou mais 786.351 toneladas) em relação a 2022 (11.361.707 toneladas).

Em nível nacional, a última estimativa para a safra brasileira de 2023 alcançou o recorde de315,4 milhões de toneladas, 19,8% maior do que a obtida em 2022 (263,2 milhões de toneladas), mas 0,3% abaixo da prevista em novembro (menos912,8 mil toneladas).

A partir das informações desta estimativa, a Bahia teve em 2023 a sétima maior produção de grãos do país, respondendo por 3,9% do total nacional. Mato Grosso continua na liderança (31,4%), seguido por Paraná (14,4%) e Goiás (10,4%)

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) é realizado mensalmente pelo IBGE. O grupo de cereais, leguminosas e oleaginosas (grãos) engloba os seguintes produtos: arroz, milho, aveia, centeio, cevada, sorgo, trigo, triticale, amendoim, feijão, caroço de algodão, mamona, soja e girassol.

Para o ano de 2023, a estimativa é de que 12 das 26 safras de produtos investigadas na Bahia tenham sido maiores do que em 2022.

As produções com maior crescimento no estado, em termos absolutos, foram as de algodão herbáceo (+392.241 toneladas ou +29,1%), soja (+325.260 toneladas ou +4,5%) e milho 1ª safra (+158.920 toneladas ou +7,3%).

Por outro lado, cana-de-açúcar (-130.310 toneladas ou -2,3%), sorgo (-21.260 toneladas ou -15,8%) e laranja (-19.267 toneladas ou -2,9%) lideram as quedas absolutas de produção.

Com revisão para baixo, terceiro prognóstico para a safra baiana de grãos em 2024 prevê uma redução de 9,3% frente a 2023

O terceiro prognóstico para a safra 2024 de cereais, leguminosas e oleaginosas (também conhecidos como grãos)prevê que, na Bahia, deverá ocorrer uma queda de 9,3% nessa produção, frente a 2023.

Para este ano, a safra de grãos deverá ser de 11.021.760 toneladas, frente às 12.148.058 toneladas estimadas para 2023.

Frente aos dois primeiros prognósticos para 2024, que apontavam uma safra de 11.793.744 toneladas, houve uma revisão para baixo de 6,5%, ou de menos 772.184 toneladas, causada pela diminuição das previsões das safras de soja e milho 1ª safra.

Principal produto agrícola da Bahia, a soja devera ter em 2024, uma produção de 7.120.650 toneladas, 5,9% a menos que em 2023 (-445.290 toneladas). Frente aos dois primeiros prognósticos, houve uma redução de 4,0% na previsão para este ano (-298.592 toneladas).

A queda da safra baiana de soja frente aos prognósticos anteriores para 2024 se dá por causa da redução de 6,0% na área colhida, que deverá ser de 1.791.000 hectares.

Este prognóstico para a soja na Bahia é contrário ao resultado nacional, que aponta, em todo o país, um aumento de 1,7% na safra do grão em 2024, ficando em 154,5 milhões de toneladas, maisda metade de toda a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas do país.

Já a produção do milho 1ª safra em 2024, na Bahia, deverá ser de 1.704.654 toneladas, 27,5% a menos que em 2023 (-645.066 toneladas). Frente aos dois primeiros prognósticos, houve uma redução de 22,7% para o ano (-499.770 toneladas).

O principal motivo para a queda da previsão do milho 1ª safra frente aos dois primeiros prognósticos para 2024 foi a redução de 32,7% na área a ser colhida, que foi deverá ser de 288.000 hectares.

Por outro lado, o terceiro prognóstico trouxe revisão positiva para a safra de algodão herbáceo na Bahia para 2024, que deve chegar a 1.770.807 toneladas, passando a ser 1,7% maior que a produção estimada para 2023 (1.741.350 t). Frente aos primeiros prognósticos para 2024, houve um aumento de 2,5%.

Com isso, segundo esse terceiro prognóstico, no próximo ano, o estado deverá concentrar 23,7% da produção de algodão no país, mantendo-se como o segundo maior produtor, atrás apenas de Mato Grosso.

Para o Brasil como um todo, o primeiro prognóstico da safra 2024 de algodão estimou uma produção de 7,5 milhões de toneladas, 3,3% menor do que a de 2023.

Em nível nacional, o terceiro prognóstico para a safra 2024 de grãos prevê uma produção de 306,5 milhões de toneladas, 2,8% menor que a de 2023, mas 0,1% maior que o segundo prognóstico.

Terceiro prognóstico é de que, em 2024, 14 das 26 safras investigadas na Bahia sejam maiores do que em 2023

Ainda segundo o terceiro prognóstico a Bahia deverá ter, em 2024, crescimento na produção de 14 dentre as 26 safras investigadas no estado, frente a 2023.

A previsão é que os maiores aumentos absolutos sejam registrados nas safras de cana-de-açúcar (+74.400 toneladas ou +1,4%),algodão herbáceo (+29.457 ou +1,7%) ecafé arábica (+12.984 toneladas ou +12,9%).

Por outro lado, as maiores retrações deverão ser observadas nas safras de milho 1ª safra (-645.066 toneladas ou -27,5%), soja (-445.290 toneladas ou -5,9%) e milho 2ª safra (-63.990 toneladas ou -8,6%).