Francisco Reynés (Naturgy): “Somos uma das maiores empresas a nível mundial em Gás Natural Liquefeito”
Francisco Reynes, presidente executivo da Naturgy Energy Group, salientou numa entrevista em Bloomberg a incorporação de novos navios à frota para o transporte de gás natural liquefeito (GNL), além de a empresa precisar de aproveitar a sua capacidade atual e prever “que o mercado estabilizar-se-á ao longo do ano 2019, e por isso queremos tirar partido das nossas novas capacidades. Somos uma das maiores empresas a nível mundial em GNL e esperamos manter a mesma importância nesse mercado”.
Em relação à expansão em regiões pequenas nas quais a Naturgy opera a nível mundial, Francisco Reynes aponta que o grupo energético “está a desenvolver uma estratégia muito clara naqueles mercados onde não temos massa crítica suficiente. Decidimos manter as nossas operações principais nos mercados onde a nossa massa é suficiente para mantermos um crescimento orgânico sustentável e aproveitar as oportunidades que se possam apresentar”.
Naturgy Energy Group, segundo o seu presidente executivo, está à espera “de o governo publicar o novo plano estratégico energético de longo prazo, que deveria chegar durante as próximas semanas. Mas já nos deram claros indícios de que este novo plano vai apostar mais pelas energias renováveis e que precisamos de nos focarmos mais nas energias verdes”.
No que respeita às fusões e aquisições, Francisco Reynes explica claramente que o crescimento da Naturgy no mercado das energias renováveis “está firmemente focado no nosso próprio desenvolvimento. Todos os projetos que temos no portfólio de desenvolvimento já estão incorporados no nosso plano estratégico. Portanto, não dependemos de fusões e aquisições para atingirmos os objetivos marcados”.
Finalmente, em relação ao mercado elétrico na Espanha e à emersão de novas empresas elétricas, Reynés afirma que na Naturgy estão “tão preparados para competir com os recém-chegados como já estávamos no passado para competir com os anteriores”.
Naturgy apresentou os resultados de 2018, onde a empresa energética gerou um valor de caixa de 5.500 milhões, graças à evolução das operações e à venta de ativos não estratégicos, valor que tem sido destinado ao crescimento da base de ativos, a reduzir dívida e a remunerar os acionistas.
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