Embarcações afundadas em novembro viram morada de cardumes, esponjas e corais na Baía de Todos-os-Santos
O ferryboat Agenor Gordilho e o rebocador Vega, afundados pela Marinha do Brasil em 21 de novembro na Baía de Todos-os-Santos, registram os primeiros sinais de vida marinha pouco mais de um mês depois do naufrágio.
Vários cardumes de sardinha e chicharro passaram a viver ao redor das embarcações, além de já ser possível notar a criação de algumas esponjas nas estruturas dos navios. Os mergulhadores acreditam que, com essas algas, animais de pequeno porte sejam atraídos para o local. E estes atraiam outros peixes de médio e de grande porte.
O pesquisador Rodrigo Maia disse que a chegada rápida dessa grande quantidade de peixes ainda está sendo estudada, mas os técnicos acreditam que a geografia da Baía de Todos-os-Santos seja uma das razões.
“Como ele [o navio] está em uma área de bastante correnteza, os dois, principalmente o [ferryboat] Agenor Gordilho, ele acaba recebendo bastante plâncton nas variações de maré, que acaba se concentrando ao redor dele. E isso atrai os peixes que se alimentam de plâncton”, disse.
A facilidade para acessar o local onde estão essas novas belezas naturais pode esquentar o turismo náutico na Baía de Todos-os-Santos, justamente por estar dentro de uma área urbana. O ponto onde ocorreu o afundamento está a pouco mais de um quilômetro da costa.
![Corais começam a se formar nas embarcações afundadas na Baía de Todos-os-Santos — Foto: Reprodução/Rede Globo](https://s2.glbimg.com/SeN1z3H665KUYFTPZD3PWFigeqY=/0x0:1600x900/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/B/9/vPmmk6RHe3avC9ylRBhA/image.jpg)
Corais começam a se formar nas embarcações afundadas na Baía de Todos-os-Santos — Foto: Reprodução/Rede Globo
O empresário e mergulhador Marcelo Mesquita, por exemplo disse estar contente com essas novas belezas naturais e a satisfação em poder visitar o local e rapidamente poder voltar às atividades diárias.
“Fantástico também a facilidade que você tem de acessar esses pontos, que acho que é única no Brasil todo. Em 10 minutos você está no local, mergulha, volta para casa e pouco depois está no trabalho ou em casa. É show!”, afirmou. *G1