Doses de reforço potencializam sistema imunológico contra a covid-19

Coordenadora do curso de Enfermagem da Anhanguera explica a importância do esquema vacinal

 

Foto: Bruno Concha / Secom


A mobilização pela retomada das altas coberturas da imunização contra a Covid-19 está em andamento no Brasil e o engajamento da população é uma das preocupações entre especialistas — mais de 19 milhões de pessoas estão em atraso com a segunda dose e 68 milhões ainda precisam da aplicação de reforço. O esquema de vacinação completo é fundamental para garantir a proteção conferida pela vacina, que pode diminuir com o tempo.
 

Como explica a coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, Jackeline Pires de Souza, o organismo perde a memória imunológica contra o vírus com o passar dos meses. “Pessoas sem o esquema vacinal completo são mais suscetíveis a transmitir o vírus. As doses de reforço protegem ainda mais o corpo contra infecções e criam uma barreira contra possíveis novas variantes do vírus”, afirma a docente.
 

Um levantamento realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com mais de 1,5 mil pessoas demonstrou que o número de anticorpos contra o coronavírus abaixa seis meses após a segunda aplicação da vacina. Com o reforço na imunização, a quantidade volta a subir consideravelmente. Com a melhora nas respostas do sistema imunológico, os riscos de casos graves ou óbitos diminuem.


VACINA BIVALENTE

Na etapa de vacinação nacional que começou no dia 27 de fevereiro, a população irá receber uma dose da vacina bivalente — diferentemente das monovalentes, que combatem a cepa original do coronavírus, a dose possui ingredientes modificados para atingir, também, a variante ômicron e suas subvariantes, predominante nos registros mundiais da Covid-19 atualmente. O enfoque é imunizar os grupos prioritários em cinco fases de definidas pelo Ministério da Saúde.
 

Idosos, gestantes e puérperas, pessoas com deficiência permanente com mais de 12 anos, pessoas privadas de liberdades ou cumprindo medidas socioeducativas, pacientes imunossuprimidos, comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas e pessoas que vivem em Instituições de Longa Permanência e trabalhadores da área da saúde são contemplados no público a ser imunizado pela bivalente. A vacina monovalente continua disponível para o restante da comunidade.
 

A população deve estar atenta aos comunicados de seus municípios para aderir ao esquema vacinal em postos de saúde. A proteção faz parte de uma estratégia coletiva e pode controlar disseminação do coronavírus. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a pandemia da Covid-19 como uma realidade presente e em ainda em ponto de transição.

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