Cigarro convencional e eletrônico potencializam o surgimento de doenças oculares

Imagem: ilustração | Freepik

Cigarro convencional e eletrônico potencializam o surgimento de doenças oculares

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De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), por ano, mais de 160 mil brasileiros morrem em decorrência do tabagismo. O que muita gente não imagina é que, além de problemas respiratórios e do próprio câncer, o hábito de fumar pode gerar ainda mais riscos à saúde. Isso porque, segundo o oftalmologista Murilo Barreto, que atua na OftalmoDiagnose, unidade que integra o Grupo Opty na Bahia, o cigarro favorece a manifestação e o agravamento de problemas oculares. Outro ponto de alerta também, segundo o médico, é com relação ao cigarro eletrônico, que se tornou popular, apesar de ter sua venda proibida por autoridades em saúde.

Em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Fumo, 29 de agosto, Murilo Barreto ressalta que o tabagismo pode contribuir de forma mais incisiva para o desenvolvimento da Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), glaucoma, dentre outros problemas. “O fumo afeta a circulação sanguínea, diminui a quantidade de antioxidantes no sangue e prejudica a visão.  A longo prazo, isso pode favorecer ou acelerar o processo de opacificação dessa estrutura ocular e, como consequência, o aparecimento da catarata, explica o oftalmologista.

O tabagismo é descrito como um fator de risco para a DMRI . “Mais uma vez, as toxinas da fumaça favorecem o aumento da oxidação da retina – o que provoca o aparecimento de vasos sanguíneos anormais sob a região da mácula, pequena parte do olho responsável pela visão central do paciente. Assim, a capacidade do indivíduo enxergar começa a ficar embaçada ou distorcida, impedindo a realização de atividades simples do dia a dia, como ler, dirigir, escrever, etc”, conta Marcelo Nascimento, oftalmologista do Instituto de Olhos Freitas – outra unidade do Grupo Opty na Bahia. Já o glaucoma, uma das maiores causas de cegueira irreversível no mundo, pode ser acelerado pelo fumo por causa da obstrução dos vasos sanguíneos e consequente menor oxigenação do nervo óptico, o qual já se encontra em sofrimento em função do aumento da pressão intraocular.

Cigarro eletrônico e recomendações

No caso do cigarro eletrônico, para os pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, a fumaça também pode aumentar o risco de problemas oculares – usuários têm 34% mais chances de sofrer condições nos olhos do que pessoas que nunca usaram o “vape”. Neste contexto, Marcelo Nascimento explica que “a fumaça produzida por este tipo de cigarro – que é criada pelo aquecimento de um líquido que contém várias substâncias químicas – pode causar o ressecamento dos olhos, irritação e inflamação da conjuntiva – que é a membrana que forra a parte anterior do globo ocular e a parte interna das pálpebras”.

De modo geral, a recomendação oftalmológica é sempre não fumar. Mas, caso não consiga largar o vício, a orientação é buscar ajuda de profissionais o quanto antes. “É fundamental ainda incluir a ida ao oftalmologista a cada seis meses para prevenir ou tratar doenças oculares de forma precoce. Além disso, vale lembrar que os cuidados com o fumo não estão restritos apenas para quem fuma, já que os chamados fumantes passivos também precisam evitar a fumaça. Importante lembrar ainda que, ao aparecer qualquer incômodo ocular, não hesite em procurar ajuda de um oftalmologista, afinal, quanto antes o problema for detectado, maior será a probabilidade de cura”, conclui Marcelo Nascimento.

Lume Comunicação Integrada

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