Avô de criança que morreu após dar entrada em hospital de Valença relata situação

Foto: reprodução

Entrevista com o avô Joselito Costa

O avô da criança de 3 anos que morreu na quinta-feira (9), no Pronto Socorro de Valença, relatou todo o ocorrido em entrevista ao Atualiza Bahia, na noite desta sexta-feira (10). Vítima de hemorragias e insuficiência renal crônica, de acordo com o laudo da causa da morte emitido, a criança deu entrada na última quarta-feira (8) na unidade hospitalar após passar mal em casa.

“A entrada dele foi causada por um desconfiança, ele estava vomitando sangue. Então, quando constatamos a gravidade, levamos imediatamente para o hospital”, citou o avô da criança, Joselito Costa Santos (Nego Lito).

Na unidade, o médico informou a necessidade de uma transferência para Salvador. “Depois, com pouco tempo, eu já vi o pai dele chorar, que ele teria que ser entubado. Eu, até como avô, já sentia que o médico estava poupando a gente de alguma coisa. Acho que a gente sente. A gente gosta da pessoa, a gente ama, a gente sente”, relatou.

Ainda conforme Joselito houve uma suspeita inicialmente da criança ter passado por algum abuso devido a uma dilatação, mas foi retirada após a emissão do laudo com a real causa da morte. “O médico também falou, que não poderia afirmar que se tratava de um abuso, porque poderia ter ocorrido também através do medicamento que ele tomou. Ele se tratava, fazia hemodiálise. Lá no hospital eu tive acesso a fotografia da criança, realmente estava com um pouco de dilatação (o orifício), e a foto que eu vi no outro dia, na delegacia, já estava o dobro do que eu tinha visto. Então eu vi que não era, já não se tratava mais dessa situação (abuso)”, relatou.

O laudo constatou que a causa foi hemorragia pulmonar, hemorragia digestiva aguda e insuficiência renal crônica. “O médico me chamou e disse que foi devido ao tratamento; ao medicamento que ele tomava. Não tinha possibilidade de nenhuma agressão”.

Joselito Costa também ressalta que familiares receberam mensagens intimidadoras, a exemplo da mãe da criança, em meio ao luto. “A minha sobrinha não deixou ela ouvir. A gente está na preocupação com essas ameaças, porque o pessoal não procura saber as coisas 100%”, finalizou.

Ouça acima a entrevista na integra.

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