Morre Silvio Tendler, ícone do documentário nacional, aos 75 anos
Foto: Reprodução/TV Globo
O cineasta Silvio Tendler, um dos principais nomes do documentário brasileiro, faleceu nesta sexta-feira (5), aos 75 anos, em decorrência de infecção generalizada. Ele estava internado no Hospital Copa Star, em Copacabana, no Rio de Janeiro.
Com mais de 70 filmes e 12 séries dirigidas ao longo de cinco décadas, Tendler se destacou por retratar figuras como João Goulart, Juscelino Kubitschek e Carlos Marighella. Ganhou o apelido de “cineasta dos sonhos interrompidos” por abordar trajetórias marcadas por repressão ou morte precoce.
Exilado durante a ditadura, formou-se em História e Cinema em Paris. Superou uma grave doença em 2011, que o deixou temporariamente tetraplégico, e retomou sua produção com obras como Saúde Tem Cura (2021). Seu processo de recuperação foi tema do documentário A Arte do Renascimento.
Professor da PUC-Rio desde 1979, Tendler viveu na Tijuca, em Copacabana, e no exterior. De origem judaica, ele manteve atuação política e cultural até 2024. Seu legado permanece como referência para o cinema político e a valorização da memória histórica brasileira.
Por: Metro1