Transformação digital no Brasil tem início com a chegada do 5G

 Foto: Rawpixel

Leiloada no fim de 2021, quinta geração da internet móvel já está ativada em todas as capitais brasileiras e pode atingir 50 milhões de pessoas
 

Brasília-DF, 13/12/2022 — Menos de um ano depois do leilão do 5G, realizado em novembro de 2021, a tecnologia já está disponível em todas as capitais brasileiras. Começando por Brasília, em julho deste ano, o sinal já está disponível para cerca de 50 milhões de pessoas, desde que possuam dispositivos compatíveis. No total, cerca de 7 mil antenas já estão ativas pelo país.


Os impactos da chegada da nova tecnologia ao Brasil não serão sentidos somente pelos usuários de dispositivos móveis. A nova tecnologia permite velocidade até 100 vezes mais veloz do que o 4G, com baixa latência (curto tempo de resposta entre um comando e a execução da ação). Desse modo, viabiliza inovações digitais em diversos setores, entre eles, comércio, indústria, agronegócio, saúde e educação.


“O 5G é uma revolução, não apenas uma evolução. Isso porque ele pode substituir outras redes, por uma rede integrada. A tecnologia permite transformação digital de todos os setores produtivos, da agropecuária à indústria, sendo determinante para o futuro do desenvolvimento econômico do país”, avaliou a secretária nacional de Telecomunicações do Ministério das Comunicações (MCom), Nathalia Lobo.


Como ocorreu?

Foram recebidas propostas de 15 empresas e consórcios interessados em explorar a tecnologia no país. No total, foram arrecadados R$ 47,2 bilhões com os arremates que, em sua maioria, serão revertidos para ampliar a infraestrutura de conectividade no Brasil.


Com conexão ultrarrápida, baixa latência e capacidade para múltiplos dispositivos, o 5G fomenta inovação em diversos setores. De acordo com levantamento feito pelo Ministério da Economia, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a expectativa é de que o 5G movimente R$ 590 bilhões por ano. O próximo passo para expansão do 5G no Brasil é a ativação da rede em cidades com mais de 500 mil habitantes, começando por 26 municípios. De acordo com o cronograma, a limpeza da faixa de 3,5 Ghz nessas localidades deve ser feita até janeiro de 2023 para possibilitar a ativação do sinal.


As 26 cidades são: Ananindeua (PA), Jaboatão dos Guararapes (PE), Feira de Santana (BA), Contagem, Juiz de Fora e Uberlândia (MG), Serra e Vila Velha (ES), Belford Roxo, Campos dos Goytacazes, Duque de Caxias, Niterói, Nova Iguaçu e São Gonçalo (RJ), Campinas, Guarulhos, Osasco, Ribeirão Preto, Santo André, São Bernardo do Campo, São José dos Campos e Sorocaba (SP), Londrina (PR), Joinville (SC), Caxias do Sul (RS), Aparecida de Goiânia (GO).


BENEFÍCIOS – Entre as obrigações assumidas pelas empresas vencedoras do leilão, estão: levar cobertura 5G a todas as capitais e cidades com mais de 30 mil habitantes; garantir internet 4G nas rodovias federais e localidades ainda sem conexão; implantar rede de fibra óptica em locais com pouca ou nenhuma infraestrutura de conectividade; implantar o Programa Amazônia Integrada e Sustentável (PAIS) e o Projeto da Rede Privativa de Comunicação da Administração Pública Federal; custear a migração da TV parabólica para TV via satélite; investir em projetos de conectividade em escolas.


“É um aumento de infraestrutura no qual todo o Brasil ganha. São bilhões de reais que serão investidos em escolas públicas conectadas, em lançamento de cabos ópticos subfluviais para integrar a Amazônia, a cobertura de estradas com serviços móveis, além de ampliar a cobertura das redes atuais”, explicou Nathalia Lobo. “O leilão vai garantir a interiorização das redes de comunicações, integrando e incluindo várias populações”, completou. *MCom

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