Secretaria de Justiça da Bahia acompanha ataque a indígenas Pataxós

Foto: Arquivo Pessoal

A Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS) acompanha a comunidade indígena Pataxó, que foi atacada na Aldeia Nova, que fica na cidade de Prado, extremo sul da Bahia.

Ao todo, 38 famílias foram vítimas de um ataque de pistoleiros, entre a noite de terça-feira (6) e a madrugada desta quarta (7). O superintendente de Direitos Humanos da SJDHDS, Jones Carvalho, esteve pessoalmente no local e deu um panorama da situação.

“É um cenário de muita desolação, de muito medo, porque foi um ataque muito violento. São crianças, idosos, mulheres – inclusive mulheres grávidas –, que foram atacados com armamento pesado, bombas de gás lacrimogêneo”.

“O Departamento de Polícia Técnica, da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), já recolheu material para fazer as devidas investigações, mas o que a gente encontrou foi uma ação de uma milícia fortemente armada, com o intuito de matar”.
Os ataques às comunidades indígenas, que possuem o reconhecimento da terra pela Fundação Nacional do Índio (Funai), é promovido por fazendeiros, por meio da grilagem de terra. Grilagem é quando uma pessoa falsifica documentos para tomar posse de terras ilegalmente.

“São grileiros, ou seja: pessoas que tentam se apossar de terras alheias, inclusive usando documentos falsos. A coordenação de Desenvolvimento Agrário já analisou diversos documentos dos ditos fazendeiros, e não há nenhum que tenha legalidade. Então, é um ação de tentativa de tomar à força a terra, que é um processo histórico, infelizmente no nosso país”.

“Os povos indígenas estão sendo vítimas de um ataque absolutamente absurdo e desproporcional. Estamos ao lado dos povos indígenas, para defender a integridade deles”. *G1

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