Quem trabalha ao ar livre tem 60% a mais de chance de desenvolver câncer de pele

Créditos de imagem-Dra. Júlia Ribeiro



Uma em cada três mortes por câncer de pele é causada pela exposição à radiação ultravioleta em atividades laborais ao ar livre, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS). O alerta para a situação se eleva com a proximidade do verão e as temperaturas elevadas, já que as pessoas que trabalham expostas ao sol acabam ficando mais desprotegidas contra os raios ultravioleta e precisam ter preocupação maior com as doenças de pele. O relatório da OMS sobre situação laboral e tumor de pele não melanoma indicou um perigo 60% maior da incidência em pessoas que desempenham suas atividades ao ar livre.

O documento, lançado em 8 de novembro, mostrou que, em 2019, 1,6 bilhão de pessoas ao redor do mundo exerciam suas funções diretamente sob o sol. No Brasil, 2,4 trabalhadores formais em cada 100 mil estavam nessa situação no ano base da pesquisa. Segundo a OMS, há quatro anos, ocorreu, em média, 0,3 óbito por 100 mil empregados acima dos 15 anos pelo tipo não melanoma do tumor.

De acordo com a dermatologista Dra. Júlia Ribeiro, em curto e médio prazo, a exposição excessiva ao sol pode desencadear problemas de saúde como: alterações na pressão arterial, dores de cabeça, desidratação, insolação e vertigem. Já a longo prazo, além do câncer de pele, os prejuízos podem ser o envelhecimento precoce e manchas na pele.

Para evitar esse cenário, é importante adotar alguns cuidados, a exemplo do uso do protetor solar, que é o principal meio de proteção contra os raios ultravioleta (UV) emitidos pelo sol.

“O fator de proteção pode variar de 30 a 60, dependendo do tempo e do horário de exposição. O filtro solar deve ser usado em todas as áreas de pele que ficam expostas ao sol. Entre as que mais ficam expostas estão: rosto, couro cabeludo, orelhas, nuca, lábios, região do decote e dorso das mãos. O ideal é passar o produto 30 minutos antes da exposição solar e reaplicá-lo a cada duas horas, já que o suor exagerado diminui a eficácia do filtro”.

Outra recomendação importante, segundo a especialista, é o uso de roupas adequadas, que tem o objetivo de promover uma proteção contra os efeitos nocivos dos raios UV. “Como blusas de manga longa, calça comprida e boné ou chapéu com aba bem larga”, pontua.

O trabalho sob o sol também exige cuidado especial com a hidratação. “Para evitar a desidratação, nos dias de calor, o trabalhador deve beber água a cada hora, e não apenas quando sente sede”, observa Dra. Júlia.

A dermatologista ressalta ainda que realizar pausas periódicas é importante, com o objetivo de garantir a integridade do trabalhador exposto ao sol.



Assessoria de Imprensa
Maria del Carmen González Azevêdo

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