Prevenção de desastres em 2023: oito em cada 10 municípios atendidos por alertas do Cemaden dispõe de mapeamentos do Serviço Geológico do Brasil

 No ano passado, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais emitiu mais de 3,4 mil alertas de desastres para mais de mil municípios monitorados

 
Itaqui (RS) foi um dos municípios afetados por fortes chuvas que elevaram o nível do rio (Foto: Juliano Romero Cabral/Prefeitura de Itaqui)
Com o trabalho para identificar áreas de risco, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) desempenha um papel essencial na prevenção de desastres e ajuda a proteger vidas. Os dados gerados a partir de mapeamentos apoiam as ações do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e de outras instituições. No ano passado, o Cemaden emitiu mais de 3,4 mil alertas para 1.038 municípios monitorados, dos quais 85% contam com estudos do SGB. O número de alertas é o terceiro maior desde o início dos trabalhos do Cemaden, em 2011 – atrás apenas dos anos de 2022 e 2020.

Os levantamentos permitem identificar onde estão as casas com potencial de sofrer danos em casos de chuvas intensas e, assim, nortear ações que contribuam para reduzir os impactos, de modo a evitar perdas. “Esse trabalho dos nossos pesquisadores evidencia o esforço do SGB em cooperar com os municípios e instituições que desempenham papel fundamental para prevenção de desastres”, afirma o diretor-presidente do SGB, Inácio Melo. Ele ressalta que: “o mapeamento de áreas de risco geológico é um exemplo de como o SGB utiliza o conhecimento técnico para ajudar em ações que beneficiem a população nacional”.

Nos mapeamentos, o SGB indica quais são as áreas de risco para processos geo-hidrológicos, como deslizamentos e inundações. Para cada setor identificado, é realizado o detalhamento do risco e indicado o número de pessoas e moradias aproximadas na localidade. Além disso, o SGB sugere medidas que podem ser adotadas para reduzir os impactos, por exemplo, retirar as pessoas que vivem em áreas de riscos no caso de chuvas intensas.

Estudos em mais de 1,6 mil municípios

Mais de 1,6 mil municípios brasileiros já foram atendidos por mapeamentos de áreas de risco do SGB. Nessas cidades, vivem mais de 92 milhões de pessoas. A diretora de Hidrologia e Gestão Territorial do SGB, Alice Castilho, explica que “o SGB atua complementarmente aos municípios e estados no mapeamento das áreas de risco geológico, realizando trabalhos onde não há capacidade operacional para este fim”.

Alice Castilho detalha como ocorre a parceria entre os órgãos: “O SGB promove o mapeamento das áreas de risco geológico alto e muito alto, entrega estes produtos ao gestor municipal, defesa civil nas três esferas e Cemaden, o qual é o responsável pela emissão de alerta, se forem identificadas previsões de fortes chuvas que podem deflagrar processos de deslizamentos e inundações”, explica. Todos os relatórios estão disponíveis aqui.


Alertas de inundações

Além da identificação das áreas de risco geológico, o SGB emite para 84 municípios boletins de alerta hidrológico gerados a partir da operação de 17 Sistemas de Alerta Hidrológico. Dessas cidades, 56 são também atendidas pelo Cemaden.

Esse monitoramento gera informações sobre o nível que o rio chegará em determinado município no caso de fortes chuvas, de modo a possibilitar que os órgãos de proteção e defesa civil tenham informações para adotar medidas que garantam a segurança da população.

Os dados são disponibilizados no site (clique aqui) e enviados para o Cemaden, Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), defesas civis estaduais e municipais, e Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Mais de 8,5 milhões de pessoas podem ser beneficiadas pelo serviço do SGB.

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