Pneumologista explica quais as doenças mais comuns do inverno 

Em meio ao inverno, que teve início em 21 de junho, acende-se o alerta para as doenças da estação, a exemplo da rinite alérgica, asma, sinusite, exacerbações de bronquite crônica, DPOC (doença obstrutiva pulmonar crônica), enfisema pulmonar e pneumonias. Por isso, reforça-se a importância do cuidado para evitar esses males durante o período mais frio. 

De acordo com o pneumologista e Diretor de Assuntos de Saúde Pública da Associação Bahiana de Medicina (ABM), Dr. Guilhardo Fontes Ribeiro, as doenças respiratórias são tão frequentes durante o inverno, porque nesse período é comum a baixa umidade do ar, as alterações bruscas de temperatura e o aumento da poluição atmosférica, fatores preocupantes para quem sofre de doenças respiratórias crônicas. 

“Além disso, nos dias frios as pessoas costumam ficar mais tempo em ambientes fechados, com pouca ventilação, o que favorece o desencadeamento de doenças respiratórias e também a transmissão de gripe e resfriados, além de outras bactérias e viroses”, explica o especialista. 

Diante deste quadro, o Dr. Guilhardo aponta que em caso de sintomas como coriza, espirro e tosse, o paciente não deve se automedicar, mas sim, buscar um especialista adequado para o tratamento. 

“É sempre importante buscar o especialista correto, porque o tratamento inadequado pode até agravar o quadro. Por isso, é fundamental que o paciente procure um médico e passe por uma avaliação individualizada”, recomenda. 

Já como forma de evitar as doenças respiratórias no inverno, o pneumologista indica que existem diversas medidas que podem ser adotadas pelos pacientes, como forma de prevenção ou para não agravar um quadro pré-existente. 

“Algumas medidas simples podem ajudar a prevenir as doenças respiratórias, como evitar ambientes fechados e sem ventilação, lavar bem as mãos, proteger a boca ao tossir, beber bastante água e evitar o acúmulo de poeira. As blusas, mantas e cobertores guardados por muito tempo devem ser lavados e colocados para secar ao sol. Também é recomendada a lavagem nasal com solução fisiológica para aliviar a irritação”, diz. 

Segundo o Dr. Guilhardo, o tempo nublado no inverno dificulta também a dispersão do ar poluído, que fica em baixa altitude, o que aumenta a sensibilidade das vias aéreas desencadeando crises de asma e agudização da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).  

O diretor da ABM também aponta que durante o inverno a vacinação continua sendo a melhor prevenção contra a gripe. 

“Lavar as mãos com frequência, principalmente, quando cumprimentar alguém gripado, ou pegar em objetos de uso público; higienizar as mãos com álcool em gel; manter a casa aberta e arejada, para reduzir os agentes infecciosos; ter cuidado com as roupas no armário para não deixar mofar e desenvolver episódios de alergia; manter uma boa alimentação e hidratação são medidas necessárias”, explica o médico.  

Ele também reforça a importância da vacina contra a gripe, para aquelas pessoas que possuem doenças respiratórias crônicas. 

“A gripe pode complicar o quadro de pacientes portadores de doenças respiratórias crônicas e pode além disso complicar-se com outras infecções, por isso, é recomendada a vacinação”, ressalta. 

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