Paralisação nas estradas: ABCDT alerta para riscos a pacientes em diálise

Foto: reprodução – Danthi Comunicação

Em algumas clínicas, estoques de insumos e medicamentos para realizar o tratamento de doentes renais já começa a ficar em estágio crítico por conta do bloqueio das estradas, que impede a circulação dos caminhões com os materiais. Pacientes também relatam dificuldade em chegar às clínicas em algumas cidades. Renais precisam do tratamento pelo menos três vezes na semana

A paralisação de grupos de caminhoneiros, que bloqueiam estradas em todo país, pode afetar clínicas de diálise e pacientes renais. Diversos caminhões que transportam insumos e medicamentos estão sendo impedidos de circular devido às interdições nas rodovias federais. Este já é o segundo dia da paralisação e, com o atraso nas entregas dos insumos necessários, os pacientes renais crônicos podem ficar sem o tratamento que lhes garante a vida. A Associação Brasileira de Centros de Diálise e Transplante (ABCDT) faz esse alerta e apela para o movimento. A entidade está levantando informações sobre as clínicas que estão sendo afetadas, mas já há relatos até de pacientes que não conseguiram chegar nas clínicas localizadas em cidades mais distantes de onde moram. No Brasil, cerca de 150 mil pessoas realizam diálise ao menos três vezes por semana para sobreviver.
 

“Para ter uma melhor dimensão do problema, são diversos materiais e medicamentos que são imprescindíveis para a realização de uma sessão de diálise. A falta de um desses itens, por menor que pareça, impede a realização do procedimento e o paciente renal é quem sofre, pois ele precisa de diálise para viver. É preciso que as autoridades deem uma atenção especial para esta situação o quanto antes. Por isso, a ABCDT faz um apelo à organização do movimento para que considerem a fragilidade do setor e para que o tratem de maneira especial, permitindo que os caminhões que transportam insumos e medicamentos passem pelas barreiras e cheguem às clínicas o quanto antes. Nossa questão não é política, tratamos de vidas”, alerta Leonardo Barberes, vice-presidente da ABCDT.

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