Novo treinador e reforços são os principais desafios do Bahia após a formação da SAF com o Grupo City


O Bahia confirmou, neste sábado, em assembleia na Arena Fonte Nova, a constituição de Sociedade Anônima do Futebol (SAF) com o Grupo City. A proposta aceita pelos sócios garante um investimento de R$ 1 bilhão no Tricolor, ao longo de 15 anos, em troca de 90% da SAF.

Agora, no entanto, o clube precisa tocar algumas situações que ficaram pendentes nesta reta final de temporada, como a contratação de um novo treinador e de reforços. Outras questões que são dúvidas estão relacionadas à diretoria de futebol e ao plano de sócios do clube.

Torcida do Bahia acompanhou o resultado da votação para a venda da SAF do clube — Foto: Tiago Reis / ge

Torcida do Bahia acompanhou o resultado da votação para a venda da SAF do clube — Foto: Tiago Reis / ge

Novo treinador

Em 2022, Eduardo Barroca assumiu o Bahia na reta final da Série B do Campeonato Brasileiro, após demissão de Enderson Moreira. Depois do acesso do clube à Primeira Divisão, Barroca confirmou a sua saída. Desde então, o Tricolor não anunciou um novo técnico. A ideia era confirmar a venda de 90% da SAF ao Grupo City antes de qualquer decisão.

O Bahia se reapresenta com foco na próxima temporada no dia 12 de dezembro. O novo treinador para 2023 terá que montar as melhores estratégias para a disputa de quatro competições: Campeonato Baiano, Copa do Nordeste, Copa do Brasil e Série A do Brasileirão.

Reforços para volta à Primeira Divisão

Em relação aos reforços, a expectativa da torcida é que o elenco ganhe qualidade no retorno do Bahia à elite do futebol brasileiro. Além disso, após a constituição de SAF com o Grupo City, o Tricolor deve contar com o maior orçamento de sua história para 2023. Contratações, no entanto, ainda não foram divulgadas.

Em relação às renovações, o meio-campista Lucas Mugni e o meia-atacante Ricardo Goulart são nomes que estão na pauta.

Diretoria de futebol pode sofrer mudanças

Outra dúvida que fica no ar após a confirmação da Sociedade Anônima do Futebol é se Eduardo Freeland será mantido como diretor de futebol do Bahia. Em sua primeira temporada pelo clube, o dirigente tomou decisões polêmicas, como a contratação de Marcinho e as duas trocas de treinadores. 

Plano de sócios sofrerá alterações

Outro assunto que terá novidades é o plano de sócios do Bahia. Enquanto a SAF ficará responsável pelo acesso garantido do torcedor aos jogos do clube, a associação em geral continuará sob a responsabilidade do Esporte Clube Bahia. Antes da venda de 90% da SAF ao Grupo City, o acesso garantido fazia parte do plano de sócios.

Recentemente, Guilherme Bellintani reforçou que essas alterações só devem começar a acontecer quando a transição para o Bahia SAF for concluída.

– Caso a assembleia aprove a SAF, a partir do dia quatro começa processo de transição. Não é transição imediata e plena no dia quatro. No dia seguinte, a gente trabalha para montar a SAF, registrar nos órgãos competentes. Depois, o City aporta os seus ativos. Na nossa projeção, em três, quatro, cinco meses de transição e, eu diria, de cogestão. Ainda não é o fechamento do negócio, que se dá a partir da transação plena. Durante esse período, as coisas continuam absolutamente iguais para os sócios. Tudo continua igual – explicou.

– Quando houver esse fechamento, vamos lá dizer que é em março, a partir dali haverá cisão dos contratos. Hoje, o sócio paga valor referente a associação e outro valor com divisão com a Arena Fonte Nova. Depois, vai ter relação com a Associação que vai determinar novo preço. Não sei qual vai ser. E do outro lado a SAF vai implantar outro plano. No momento do close, lá em março ou abril, o sócio vai ter dois contratos. Vai poder optar em manter vínculo só com SAF ou Associação – complementou.

Em relação ao sócio fundador, existem vantagens específicas garantidas pelo período de três anos, segundo o mandatário do Bahia.

– O contrato traz vantagens específicas por pelo menos três anos. Isso preserva direitos e garantidas, como manutenção de descontos em ingressos e lojas. Essa figura do sócio fundador conseguimos instituir no contrato para dar mais valor ao que esteve conosco desde o início.

Torcida do Bahia na Arena Fonte Nova durante partida contra o Vila Nova — Foto: Gabrielle Gomes / ge

Entenda a aprovação da SAF

No último sábado, foram realizadas duas assembleias entre os sócios, uma pela manhã e outra à tarde. Na primeira, das 8h às 13h, foi aprovada a adequação do estatuto do Bahia à Lei nº 14.193/2021, que possibilitou ao clube constituir uma SAF. Depois, a segunda assembleia do sábado, das 14h às 19h, aprovou a constituição do Bahia SAF.

Proposta

Na proposta, o Grupo City se comprometeu a aportar R$ 1 bilhão da seguinte forma:

  • Mínimo de R$ 500 milhões para a compra de jogadores;
  • R$ 300 milhões para o pagamento de dívidas;
  • R$ 200 milhões para infraestrutura, categorias de base, capital de giro, entre outros – único item não obrigatório.

O acordo permanecerá em vigor por um prazo determinado de 90 anos, renovável por períodos adicionais. *ge

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