No Dia Mundial sem Tabaco, especialista alerta para o diagnóstico precoce de DPOC

Foto: Wirestock
Trata-se de um grupo de doenças intimamente relacionadas ao tabagismo que bloqueiam o fluxo de ar, dificultando a respiração
Estimativas apontam que cerca de 300 milhões de pessoas no mundo têm a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Trata-se de grupo de doenças pulmonares intimamente relacionadas ao tabagismo, que bloqueiam o fluxo de ar e dificultam a respiração, como a bronquite crônica e o enfisema.
No Brasil, a DPOC é considerada a quarta causa de morte da população e atinge 15% dos brasileiros, sendo mais comum na faixa etária a partir dos 50 anos.
“Por isso, além de evitar o principal fator de risco, que é o tabagismo, é essencial buscar o diagnóstico precoce e tratamento correto da doença”, enfatiza Andrea Sette, médica Pneumologista do Hospital São Luiz Itaim.
O alerta acontece na semana em que é celebrado o Dia Mundial Sem Tabaco (31/5), data criada em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para alertar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo. Dados da instituição apontam que o tabaco mata mais de oito milhões de pessoas por ano.  
De acordo com a especialista a DPOC é uma doença lenta, que se inicia com sintomas discretos, como tosse, produção de muco e principalmente dispneia (falta de ar), que aos poucos fica mais frequente, afetando até mesmo a realização de atividades corriqueiras do dia a dia, como trocar de roupa.
“Se tiver algum desses sintomas, é recomendado procurar um pneumologista e fazer o exame de espirometria, também conhecido como Prova de Função Pulmonar, para confirmar o diagnóstico, especialmente se for fumante ou ex-fumante”, explica a médica do São Luiz Itaim.
A unidade, localizada na zona Sul da capital paulista, conta com um Centro Médico de Especialidades que oferece consultas agendadas em 44 especialidades clínicas e cirúrgicas. Com renomados profissionais e equipamentos de ponta, o serviço é uma ótima opção para prevenção e controle de doenças, como a DPOC.
Entre os tratamentos para a DPOC está o uso de inaladores e medicamentos, terapias para reabilitação pulmonar, oxigênio, cirurgias e vacinação (para evitar infecções diversas). “No entanto, o principal é parar de fumar e adotar hábitos de vida mais saudáveis. Ações essenciais para evitar a progressão da doença e a perda das funções pulmonares”, alerta Andrea.
Além do cigarro, a exposição a outros elementos irritantes, como poluição, poeira e vapores químicos também podem contribuir para o surgimento da doença.
“Outro alerta importante é em relação ao aumento expressivo no consumo de dispositivos eletrônicos para fumar, tão perigosos quanto o cigarro. Estudos recentes apontam que os aerossóis produzidos por esse tipo de equipamento contêm quase duas mil substâncias ainda desconhecidas, incluindo produtos químicos, cancerígenos e cafeína”, revela a pneumologista.
Pesquisa do Instituto de Câncer (INCA) aponta que o uso de cigarro eletrônico aumenta em mais de três vezes o risco de experimentação de cigarro convencional e mais de quatro vezes o risco de uso do cigarro, contribuindo para a desaceleração da queda no número de fumantes no Brasil. 
COVID-19
Além das doenças diretamente relacionadas ao consumo de cigarro, o tabagismo também é um fator de risco para a covid-19, aumentando consideravelmente o risco de danos pulmonares.
Isso porque o consumo de tabaco favorece as inflamações no organismo, afetando os mecanismos de defesa. Fragilizado, o organismo fica mais vulnerável às infecções por fungos, bactérias e vírus, que afetam principalmente o pulmão.
“Além do comprometimento do pulmão, que torna o indivíduo mais suscetível a quadros graves da covid-19, temos elementos secundário relacionados principalmente à propagação do vírus, como levar produtos à boca sem higienização e compartilhamento dos bocais”, lembra a médica.

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