Iphan aprova tombamento de terreiro de candomblé do Recôncavo Baiano

Com quase um século de existência, casa em Cachoeira representa o candomblé rural

Foto: Reprodução/Redes sociais

O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural aprovou, nesta quinta-feira (29), a inclusão do terreiro Ilê Axé Icimimó Aganjú Didê, em Cachoeira, região do Recôncavo Baiano, no Livro do Tombo Histórico, Etnográfico e Paisagístico, como Patrimônio Cultural Brasileiro. O reconhecimento foi estabelecido devido ao valor histórico, cultural e ambiental da casa que existe há quase 100 anos.

Segundo o laudo antropológico que fundamentou o processo de tombamento, um dos aspectos que fazem do Icimimó um importante patrimônio cultural são as características do chamado candomblé rural, definido no documento como uma comunidade que “organiza sua prática religiosa em torno de dois eixos basilares: a terra e a casa”. 

O superintendente do Iphan na Bahia, Hermano Queiroz, presente na reunião do Conselho Consultivo, destacou que o tombamento do Terreiro Icimimó é a vitória contra o preconceito, o elitismo, o racismo e o etnocentrismo. “É a conquista dos povos de terreiro sobre os valores de suas identidades e memórias, bem como de seu território sagrado”, disse Queiroz.

O terreiro faz parte de uma rede importante de casas de candomblé na região, e tem grande significado para a memória dos povos iorubá que chegaram ao Recôncavo Baiano. A casa, por muito tempo ficou conhecida em Cachoeira como o “terreiro de mãe Judith”, em uma referência à mãe de santo que a criou, atualmente, “Pai Duda de Candola” é quem responde pelo espaço. 

Por: Metro1 
 

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