Inovações tecnológicas impulsionam a educação

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O consumo online de conteúdo educativo teve um crescimento expressivo nos últimos anos. Impulsionados, principalmente, pela necessidade de seguir com aulas na modalidade à distância (EaD) devido à pandemia, alguns estudantes e instituições de ensino precisaram inovar seus métodos de aprendizagem. 

De acordo com uma pesquisa, realizada em 2021 pela Comscore, o cenário de e-learning no Brasil atingiu cerca de 78,7 milhões de visitantes únicos, uma porcentagem que representa 62,3% de toda população digital do país.

Outro dado relevante, aferido pelo último censo publicado do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e Ministério da Educação (MEC), dá conta de que os cursos EaD no Brasil receberam mais matrículas do que os presenciais, representando mais de 50% das escolhas dos estudantes. 

O levantamento da Comscore também destacou que a categoria “Educação” aumentou em 20% no total de interações nas redes sociais, em comparação com o mesmo período do ano anterior (1º trimestre de 2021 vs. 2020).

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Considerando o cenário, além de modernizar as técnicas de ensino para que o conteúdo educacional chegasse ao estudante, as instituições também tiveram que aumentar sua presença on-line para comunicar-se com eles e, ainda, tornar visível o portfólio para novos adquirentes. 

O marketing está inserido e ajudando várias profissões, como medicina, publicidade e propaganda e até em sedação odontológica. Para Carlos Paulo Jr, CEO da UM Digital, agência especializada em comunicação digital, principalmente o marketing educacional possui ferramentas e estratégias distintas. “É uma área do marketing que tem como objetivo promover instituições de ensino, cursos e programas educacionais para atrair e reter alunos. Seu foco principal é posicionar a instituição ou curso como uma opção atraente para os alunos em potencial”, explica o CEO.

Técnicas de execução do marketing educacional

Por se tratar de um nicho de mercado, considerando que o produto, nesse caso, trata-se de enriquecimento pedagógico, o setor de educação pode atuar no digital com estratégias específicas para atingir seus objetivos. O especialista da UM_digital elenca as principais ferramentas que podem auxiliar nesse processo:

Identificação do público-alvo: “Para criar campanhas de marketing educacional. É necessário definir quem são os alunos em potencial, quais são suas necessidades e expectativas, para assim criar uma mensagem atrativa”.

Produção de conteúdo: “Não somente nas redes sociais, mas também criação de conteúdo informativo, como blogs, vídeos, webinars, e-books e infográficos. Isso pode ajudar a estabelecer a credibilidade da instituição”.

Presença em mídias sociais: “Através delas é possível criar comunidades e interagir com os alunos em potencial. Além disso, há como usar as redes sociais para anunciar lançamentos e construir a marca da instituição”.

E-mail marketing: “O envio de e-mails personalizados é uma estratégia importante para manter os alunos em potencial engajados e informados sobre a instituição ou curso”.

SEO: “As técnicas de otimização de mecanismos de pesquisa (SEO) são usadas para melhorar a visibilidade e o tráfego do site da instituição de ensino nos resultados de busca do Google”.

Marketing de influência: “Também pode ser uma maneira eficaz de alcançar novos alunos através de influenciadores digitais e, assim, poder aumentar a visibilidade da instituição ou curso”.

Tecnologia a favor da educação

Para além, somente, de plataformas acessíveis e responsivas para alunos, as instituições de ensino também podem considerar o uso da tecnologia como uma aliada para a experiência do cliente durante um atendimento. A automação e o uso de Inteligência Artificial (IA), tão pautadas nas últimas semanas, são exemplos disso.

“Isso inclui automação de e-mails, gerenciamento de leads, nutrição de leads e segmentação de público-alvo. Com a automação de processos de marketing, é possível economizar tempo e aumentar a eficácia das campanhas”, afirma o CEO da UM_digital.

O assunto também foi comentado no último “Relatório analítico da aprendizagem a distância no Brasil”, que citou a transformação digital promovida pela tecnologia. Para os especialistas, existe a necessidade de trazer, para o ensino, processos ajustados à automação e a análise preditiva de dados, considerando vital a atividade de monitoramento para futuras análises do setor.

Carlos Paulo Jr também cita alguns elementos tecnológicos que podem fazer parte dessa jornada de transformação digital das instituições:

Chatbots e atendimento automatizado: “Pode ajudar as instituições de ensino a fornecer respostas imediatas e personalizadas aos alunos em potencial. Com isso, é possível oferecer um atendimento mais rápido, melhorando a experiência do usuário”.

Análise de dados: “Com a ajuda de ferramentas de análise de dados, é possível coletar informações sobre seus alunos em potencial, como interesses e preferências. Esses dados podem ser usados para criar campanhas e texto dissertativo de marketing personalizado”.

Realidade virtual e aumentada: “Podem proporcionar uma experiência de aprendizado mais imersiva e atrativa para os alunos em potencial. Essas tecnologias podem ser usadas para simular ambientes de aprendizado realistas e interativos”.

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