IBGE-BA: Produção industrial baiana recua de novembro para dezembro (-1,4%) e, apesar de alta frente a dezembro/22 (5,0%), fecha 2023 em queda (-1,8%)

Foto: Divulgação/ IBGE/ Agência IBGE Notícias  


Produção industrial baiana recua de novembro para dezembro (-1,4%) e, apesar de alta frente a dezembro/22 (5,0%), fecha 2023 em queda (-1,8%)

** A sequência de altas no último trimestre de 2023 não foi suficiente para evitar que a indústria da Bahia fechasse o ano passado com uma queda acumulada na sua produção (-1,8%), retomando os resultados anuais negativos, depois da alta de 2022 (+2,4%);

** Em 2023, o resultado da produção industrial baiana ficou abaixo do nacional (+0,2%) e acompanhou as quedas verificadas em 8 dos 18 locais pesquisados. A Bahia teve o 5o maior recuo;

** A queda na produção baiana em 2023 foi resultado de recuos na indústria extrativa (-22,2%) e de transformação (-0,3%), onde 6 das 10 atividades pesquisadas mostraram retração;

** A fabricação de produtos químicos (-10,3%) e a de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-19,4%) foram as que mais contribuíram para a queda da indústria baiana em geral;

** Por outro lado, a fabricação de alimentos (+11,8%) e o refino de petróleo (2,2%) foram as principais influências positivas em 2023.

De novembro para dezembro de 2023, a produção industrial da Bahia, descontados os efeitos sazonais, mostrou queda (-1,4%), após dois aumentos seguidos nessa comparação: +9,1% de setembro para outubro e +2,8% de outubro para novembro. 

O desempenho ficou abaixo do verificado no Brasil como um todo (+1,1%) e foi o 11o entre os 15 locais com resultados para esse indicador, 5 dos quais mostraram recuos.

Já frente a dezembro de 2022, a atividade fabril baiana seguiu em alta (+5,0%), apresentando o terceiro resultado positivo consecutivo, nessa comparação com o mesmo mês do ano anterior. 

O crescimento no estado superou o nacional (+1,0%) e foi o 9o mais elevado, num contexto em que 12 dos 18 locais com resultados nessa comparação tiveram altas.

A sequência de aumentos, no último trimestre, não foi suficiente, porém, para evitar que a indústria da Bahia fechasse o ano de 2023 com uma queda acumulada de 1,8% na sua produção, retomando, assim, os resultados negativos, depois de ter apresentado crescimento em 2022 (+2,4% frente a 2021).

As informações são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, do IBGE.

Nos 11 anos compreendidos entre 2013 (inclusive) e 2023, a indústria da Bahia teve aumento de produção apenas em 3 ocasiões: 2013 (+6,7%), 2018 (+0,8%) e 2022 (+2,4%). Nos 11 anos anteriores a esse período (de 2003, inclusive, a 2013), a situação foi justamente a inversa, e o estado só tinha apresentado quedas da produção em três momentos: 2003 (-1,0%), 2009 (-5,6%) e 2011 (-4,9%). 

Em 2023, o resultado da produção industrial baiana ficou abaixo do verificado nacionalmente (+0,2%) e acompanhou o movimento de queda verificado em 8 dos 18 locais pesquisados com resultados na comparação anual. Dentre eles, a Bahia teve a 5a queda mais profunda.

Queda na produção baiana em 2023 foi resultado de recuos na indústria extrativa e em 6 dos 10 segmentos da indústria de transformação

Em 2023, a queda na produção industrial na Bahia (-1,8%) foi resultado de recuos na indústria extrativa (-22,2%, segunda redução anual consecutiva) e de transformação (-0,3%), onde 6 da 10 atividades investigadas mostraram retração.

Na transformação, a contribuição mais relevante para o resultado geral negativo veio da fabricação de produtos químicos, que teve a segunda queda mais expressiva dentre as atividades (-10,3%), mas tem um peso relevante na estrutura industrial da Bahia (representa 14,5% da receita do setor). 

A atividade mostrou um segundo resultado anual negativo (havia caído 2,6% em 2022) e apresentou quedas em 10 dos 12 meses de 2023.  

Com a maior retração entre os segmentos da transformação, a fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-19,4%) deu a segunda principal contribuição para a queda geral da indústria baiana em 2023. A atividade passou a ser pesquisada no ano passado e teve queda de produção em todos os meses.

Por outro lado, a fabricação de produtos alimentícios (+11,8%) e a de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (2,2%) deram as principais contribuições positivas para a produção industrial em geral da Bahia, em 2023. 

A primeira teve o maior crescimento entre as atividades da transformação, com resultados positivos em todos os meses do ano. A segunda, embora com a menor alta, é a que mais pesa na estrutura do setor na Bahia (respondendo por cerca de 1/3 da receita industrial) e cresceu em 5 dos 12 meses do ano passado.

Mariana Viveiros

Superintendência Estadual do IBGE na Bahia

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