IBGE-BA: Com expectativa de quedas na soja, no milho e no algodão, 1º prognóstico para 2024 prevê safra de grãos 2,9% menor na Bahia

Foto: Divulgação/ IBGE/ Agência IBGE Notícias

 1o Prognóstico para a Safra 2024 e da Estimativa para Safra 2023, atualizada em outubro pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA).

Com expectativa de quedas na produção de soja, milho e algodão, 1º prognóstico para 2024 prevê safra de grãos 2,9% menor na Bahia

** Segundo o primeiro prognóstico para a safra de 2024, a produção baiana de grãos no próximo ano deve ser 2,9% menor do que a de 2023, ficando em torno de 11,794 milhões de toneladas e mostrando redução da quantidade colhida nos seus principais produtos;

** As estimativas já disponíveis preveem que, em 2024, na Bahia, deve haver queda na produção de soja (-1,9%), milho 1ª safra (-6,2%) e 2ª safra (-8,6%) e algodão herbáceo (-0,8%);

** No Brasil, o primeiro prognóstico indica que, em 2024, também deverá haver queda de 2,8% em relação à safra recorde de grãos de 2023, chegando a 308,5 milhões de toneladas;

** O primeiro prognóstico prevê ainda que, em 2024, 13 das 26 safras investigadas na Bahia sejam maiores do que em 2023;

** Entre setembro e outubro, a estimativa para a safra baiana de grãos em 2023  ficou em 12.148.058 toneladas, recorde histórico para o estado, 6,9% superior à de 2022;

** Neste ano de 2023, a estimativa de outubro continuou de aumentos em 10 das 26 safras investigadas no estado, frente ao colhido em 2022.

primeiro prognóstico para a safra 2024 de cereais, leguminosas e oleaginosas (também conhecidos como grãos) prevê que, na Bahia, deverá haver uma queda de 2,9% nessa produção, frente a 2023. 

A safra de grãos deverá ser de 11.793.944 toneladas no próximo ano, frente às 12.148.058 toneladas previstas para 2023.

Esse prognóstico se baseia numa expectativa de que a safra do principal produto agrícola do estado, a soja, seja 1,9% menor no próximo ano, passando de 7.565.940 toneladas em 2023, para 7.419.242 toneladas em 2024.

A previsão é que a queda da produção do grão se dê mesmo com a manutenção da área plantada, nos mesmos 1,905 milhão de hectares de 2023. A variação negativa deverá ser causada pela redução no rendimento médio do produto, de 3.972 kg/hectare para 3.895 kg/hectare.

Esse primeiro prognóstico para a soja na Bahia segue o resultado nacional, que aponta, em todo o país, uma queda de 1,3% na safra do grão em 2024, ficando em 149,8 milhões de toneladas, ainda assim, quase a metade de toda a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas do país.

Além da queda na soja, a Bahia também deverá apresentar reduções na produção de milho  safra (-6,2%, chegando a 2,204 milhões de toneladas) e 2ª safra (-8,6% chegando a 681,2 mil toneladas).

Nacionalmente, a previsão é de crescimento na produção do milho 1ª safra (+4,1%), mas de queda na 2ª safra (-8,2%).

A Bahia também deverá ter uma queda de 0,8% na produção de algodão herbáceo, passando de 1,741 milhão para 1,728 milhão de toneladas, entre 2023 e 2024.

Apesar da queda, segundo esse primeiro prognóstico, no próximo ano, o estado deverá concentrar 23,5% da produção de algodão no país, mantendo-se como o segundo maior produtor, atrás apenas de Mato Grosso.

Para o Brasil como um todo, o primeiro prognóstico da safra 2024 de algodão estimou uma produção de 7,4 milhões de toneladas, 3,0% menor do que a de 2023.

Em nível nacional, o primeiro prognóstico para a safra 2024 de grãos prevê uma produção de 308,5 milhões de toneladas, 2,8% menor que a de 2023, estimada em 317,3 milhões.

Primeiro prognóstico é de que, em 2024, 13 das 26 safras investigadas na Bahia sejam maiores do que em 2023

Ainda segundo o primeiro prognóstico a Bahia deverá ter, em 2024, crescimento na produção de 13 dentre as 26 safras investigadas no estado, frente a 2023.

A previsão é que os maiores aumentos absolutos sejam registrados nas safras de cana-de-açúcar (+74.400 toneladas ou +1,4%), café arábica (+13.034 toneladas ou +13,1%) e sorgo (+8.970 toneladas ou +7,9%).

Por outro lado, as maiores retrações deverão ser observadas nas safras de soja (-146.698 toneladas ou -1,9%), milho 1ª safra (-145.296 toneladas ou -6,2%) e milho 2ª safra (-63.990 toneladas ou -8,6%).

Estimativa de outubro para safra baiana de grãos em 2023 mantém previsão de recorde histórico

décima estimativa para a safra baiana de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2023 mostrou, em outubro, um leve crescimento de 0,001% frente à de setembro, o que representa uma produção prevista de 12.148.058 toneladas.

Com isso, a safra baiana de grãos em 2023 segue a maior da série histórica do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado pelo IBGE desde 1972, com um aumento de 6,9% (ou mais 786.351 toneladas) em relação a 2022 (11.361.707 toneladas).

Em nível nacional, a estimativa de outubro para a safra de grãos 2023 caiu 0,3% frente à do mês anterior, chegando a 317,3 milhões de toneladas. Este número, porém, é 20,6% superior à produção de 2022 (de 263,2 milhões de toneladas).

A partir das informações desta décima estimativa, a Bahia mantém em 2023 a sétima maior produção de grãos do país, respondendo por 3,8% do total nacional. Mato Grosso continua na liderança (31,4%), seguido por Paraná (14,4%) e Goiás (10,3%).

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) é realizado mensalmente pelo IBGE. O grupo de cereais, leguminosas e oleaginosas (grãos) engloba os seguintes produtos: arroz, milho, aveia, centeio, cevada, sorgo, trigo, triticale, amendoim, feijão, caroço de algodão, mamona, soja e girassol.

Para este ano de 2023, foi mantida a previsão de que 10 das 26 safras de produtos investigadas na Bahia sejam maiores do que em 2022.

As produções com maior crescimento no estado, em termos absolutos, são as de algodão herbáceo (+392.241 toneladas ou +29,1%), soja (+325.260 toneladas ou +4,5%) e milho 1ª safra (+158.920 toneladas ou +7,3%).

Por outro lado, cana-de-açúcar (-130.310 toneladas ou -2,3%), sorgo (-21.260 toneladas ou -15,8%) e laranja (-19.267 toneladas ou -2,9%) lideram as quedas absolutas de produção.

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Outras informações estão na Agência IBGE Notícias

Mariana Viveiros

Superintendência Estadual do IBGE na Bahia

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