Guto diz que busca por camisa 9 não é “emergencial” e que Oscar Ruiz terá novas chances no Bahia

Um dos remanescentes do Bahia da temporada passada, o técnico Guto Ferreira é um visto como uma das principais engrenagens do tricolor para a busca pelo acesso para a Série A. Com histórico de acessos no currículo, inclusive pelo Tricolor, o treinador tem um trabalho que envolve uma reformulação de elenco, que perdeu jogadores importantes, mas também foi ao mercado e busca mudar o perfil do grupo para 2022.

Até aqui, o Bahia anunciou as contratações dos laterais Luiz Henrique, Djalma Silva e Jonathan, além dos volantes Rezende e Wilian Maranhão.

Guto Ferreira em entrevista coletiva concedida nesta terça-feira no Bahia — Foto: Antônio Muniz / EC Bahia / Divulgação

Guto Ferreira em entrevista coletiva concedida nesta terça-feira no Bahia — Foto: Antônio Muniz / EC Bahia / Divulgação

Em entrevista coletiva concedida na tarde desta terça-feira, Guto avaliou como tem sido o trabalho de busca por reforços do clube. O treinador descartou que a busca pelo substituto de Gilberto, que deixou o clube após o fim do contrato, seja prioridade.

– Estamos fazendo trabalho, onde discutimos entre todos da comissão e direção cada nome. A gente chega a colocar nomes, que são avaliados por todos. Quando existe a confirmação da maioria, a gente busca. Existe um estudo feito pelo DADE quando não conhecemos a fundo os jogadores, histórico, características. Temos muito bem definidos o que queremos. Quando o jogador chega próximo disso e tende a ter experiência boa, nós trazemos. Agora, o mercado está muito difícil, a concorrência é muito grande. O Bahia é um dos gigantes da Série B hoje, mas concorre com equipes da Série A. Existe uma defasagem. O mais importante é que quem está vindo são jogadores dispostos a vestir a camisa, lutar, se entregar ao máximo para que o Bahia atinge os seus objetivos.

– Temos um grande centroavante com contrato, que é o Rodallega. Depois, temos, talvez, um dos destaques e mais promissores do clube no trabalho da base, que é Marcelo Ryan. Emergencial nesse momento não é 9. São outras funções que estamos atrás – diz o técnico.

Dos cinco jogadores contratados pelo Bahia até aqui, dois deles são volantes. Segundo Guto, a busca surge da necessidade de suprir uma lacuna do elenco de 2021, fragilizado após a saída de Thaciano, no início daquela temporada.

– O principal problema do Bahia, na minha concepção, na montagem do plantel do ano passado, foi o meio-campo. Não era um meio-campo de força. Aliás, tinha um meio-campo de equilíbrio com Thaciano. A partir da hora que ele saiu, não se encontrou mais a peça que solucionasse esse problema. Meio-campo muito leve, que não tinha força. Desses volantes, a tendência de aproximação de um ou dois, talvez três. O Mugni foi adaptado na reta final para jogar ali. Começou muito bem, mas acabou tendo dificuldades no final. Os jogadores que estão vindo, estão vindo com características que precisamos. Independente da posição, o meio-campo é o coração da equipe. Precisamos de jogadores que saibam jogar e tenham a pegada.

Guto também analisou a situação de um outro remanescente de 2021. Afastado do time principal na reta final da temporada, o atacante Óscar Ruiz tem treinado com a equipe de aspirantes e vai receber novas oportunidades.

– Acho que a questão de desempenho. Não consegui ver o Oscar Ruiz tendo desempenho no Bahia. Não sou eu. Isso aí é a opinião do torcedor, da maioria das pessoas. E, hoje, você tem que ter jogadores que tenham adequação salarial e possam dar resposta. Ele vai ter algumas oportunidades. Se ele conseguir, dentro dessas oportunidades, mostrar o que a gente precisa, com certeza, vai ter mais oportunidades.

– Se não conseguir, não tem o que fazer. Temos que buscar quem solucione os problemas do Bahia. E não quem seja problema para o Bahia.

Guto Ferreira em entrevista coletiva no Bahia  — Foto: Antônio Muniz / EC Bahia

Guto Ferreira em entrevista coletiva no Bahia — Foto: Antônio Muniz / EC Bahia

Mas o início de temporada do Bahia não tem sido dos mais tranquilos. No último sábado, integrantes de uma torcida organizada invadiram o centro de treinamento do clube e ameaçaram os jogadores. Por conta disso, o clube prestou queixa em uma delegacia da região.

O Bahia estreia na temporada no próximo sábado, em jogo que enfrenta o Bahia de Feira, na Arena Cajueiro. Nesse momento, Guto Ferreira não entra em cena, já que os primeiros jogos do time no ano serão com o time de transição comandado por Bruno Lopes. Enquanto isso, o treinador, que iniciou os trabalhos no campo nesta semana porque participava de um curso da CBF, prepara a equipe principal. *GE

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