Gravado no Baixo Sul baiano, filme A Matriarca participa de Festival de Cinema na Colômbia

Alba Cristina Ya Darabi e Jackson Costa

Card  de Diulgação – Violeta Film Fest

Violeta Film Fest é voltado para obras com protagonismo feminino

O filme baiano A Matriarca participa do Violeta Film Fest, realizado entre 23 e 25 de novembro, na Universidade da Colômbia, em Cartagena. Na semana seguinte, a obra segue para participação no mesmo festival, mas na edição de Bogotá, capital colombiana. Ao todo, são 793 filmes participantes, entre curtas e longas-metragens, de 63 países.

Barbara Borgga e Alba Cristina Ya Darabi

Gravada nos municípios de Valença e Cairu, no Baixo Sul baiano, a obra audiovisual conta a estória de uma família que há muito não se via, cujos integrantes separados no tempo se reencontram na pequena cidade fictícia de Itabaína para rever a matriarca e comemorar os seus 90 anos.  No dia do aniversário, uma grande surpresa: a matriarca da família morre. A partir daí, mistérios e segredos vêm à tona.

O Violeta Film Fest é focado em produções que trazem o protagonismo feminino em suas estórias, assim como é possível acompanhar em A Matriarca. O filme é composto majoritariamente por personagens femininas, entre elas Tonha, interpretada pela atriz Barbara Borgga.

“Estamos muito felizes em participar desse festival. A Colômbia que tem um processo de miscigenação de colonização muito semelhante ao do Brasil e, através da arte, através dessa comunicação, desse personagem, a gente pode ver com muita clareza a necessidade de uma reparação social. Quem somos nós? Como somos vistos perante o mundo? Não representamos nada? Representamos, sim! Nós somos fortes e somos seres humanos, porque o racismo ele desumaniza o ser humano. Tonha é uma personagem muito rica e traz muitos questionamentos à sociedade. Ela representa as pessoas que são invisibilizadas socialmente, aquelas pessoas que a sociedade não enxerga, não valoriza a sua dor, o seu sentimento. É muito importante falar, porque assim a gente transforma. Transforma a sociedade, a arte. É assim que a gente transforma a vida”, comenta Borgga.

Para o diretor do filme, o cineasta Lula Oliveira, é de extrema importância a obra participar de um festival que tem como debate central o papel da mulher na sociedade e suas representações. “Muito entusiasmado em participar dessa primeira edição do Violeta Film Festival. Um festival que dialoga sobre questões do feminino e A Matriarca é um filme, que tem uma reflexão, muito complexa até diria, sobre os complexos femininos que compõem a rede de  personagens que deflagram a estória. E é muito bom estar dentro de um festival que inicia com uma responsabilidade muito grande sobre um tema muito contemporâneo e importante para o mundo, onde o filme dará sua contribuição para construir reflexões acerca do papel da mulher, e também do papel do homem, nessa construção de um mundo mais humano”, explica o cineasta.

A Matriarca

O longa-metragem é composto por uma equipe formada apenas por profissionais baianos. No elenco, estão grandes nomes do cinema da Bahia, como Luciana Souza, Jackson Costa, Aicha

Marques, Caco Monteiro, Analu Tavares, Evelin Buchegger, Gil Teixeira, Sonia Leite, Hilton Cobra, Loia Fernandes, Rodrigo Lélis, Jonas Laborda, Eva Lima, Barbara Borgga, Alba Cristina Ya Darabi, Flávia Fonseca, Magnólia Braga e Éder Boorbom. O filme também contou com a participação especial de Vinicius Oliveira (Central do Brasil), Fátima Mendonça, da cantora Mariela Santiago e da atriz francesa Lucile Prement.

Em outubro, A Matriarca participou da 16ª edição do LABRFF – Los Angeles Brazilian Festival Film, onde ganhou duas menções honrosas: Reconhecimento Especial pela Obra e Reconhecimento ao Ator Caco Monteiro. Bárbara Borgga foi indicada à categoria de Melhor Atriz ao interpretar a personagem Tonha.

Produzido pela DocDoma Filmes, A Matriarca foi realizado com recursos da Ancine, FSA, BRDE. Também teve o patrocínio para finalização do CredCesta e da Bahiatursa. Tem o apoio da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, Prefeitura de Cairu, Valença, Nilo Peçanha, Instituto de Desenvolvimento do Baixo Sul – Ides e do Sated Bahia.

Sobre o Diretor

Lula Oliveira é um jornalista e cineasta baiano. Ele já foi Presidente da Associação Baiana de Cinema e Vídeo (2008), Chefe da Representação do Ministério da Cultura (2012), Coordenador de Difusão e Formulação da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura (2016) e é sócio da produtora Doc Doma Filmes.–Natália Carneiro

Assessora de Comunicação

Natália Carneiro– Assessora de Comunicação
Pitaya Projetos e Comunicação

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