Golpes da Inteligência Artificial: Fui vítima, como proceder?

 Golpes da Inteligência Artificial: Fui vítima, como proceder?

Advogada alerta para as três ações mais aplicadas atualmente e explica o que fazer
 

Foto: Shutterstock
 

Recentemente vem repercutindo na internet imagens falsas elaboradas por meio da Inteligência Artificial (IA) e, neste cenário, celebridades e pessoas comuns passaram a ser vítimas de modificações ou criações com seu perfil, sem ter conhecimento ou seu consentimento.

Sílvia Santana, advogada, docente e coordenadora do curso de Direito da Faculdade Pitágoras, explica que a Inteligência Artificial é uma realidade que tem ganhado cada vez mais espaço, como meio de facilitar o dia a dia das pessoas em tarefas que antes dependiam de tempo e dedicação pessoal. “Enxergar os benefícios no uso de tais ferramentas é fundamental para tornar útil, no dia a dia, as facilidades que elas proporcionam. O que não podemos deixar de lado, é o fato de que pessoas mal-intencionadas também têm acesso à IA e a tendência é que cada vez mais novos golpes surjam para colocar em risco a segurança do cidadão”.

Com o crescimento dos golpes de IA, a advogada alerta para as ações mais frequentes.

Ataques de Inteligência Artificial direcionados. Neste golpe, os criminosos buscam explorar vulnerabilidades de algoritmos de aprendizado, manipulando sistemas, podendo resultar em manipulação de preços, ações fraudulentas, distorção de informações, dentre outras ações que possam causar prejuízos diversos.

O crime de Phishing. Os golpistas por meio de chatbots com capacidades limitadas de IA se passam por empresas ou instituições legítimas, e com isso, tentam enganar e obter informações confidências de pessoas, como senhas, número de cartão de crédito etc.

Manipulação por meio de Deepfakes. Os indivíduos utilizam a IA para manipularem e criarem áudios, vídeos falsos, mas que parecem autênticos. Inclusive, já se verificam casos em que os golpistas manipularam a voz de uma pessoa e após, entrou em contato com um familiar para “pedir” dinheiro. Outro ponto, é que a tecnologia pode ser usada para até mesmo difamar pessoas, criar notícias que não condizem com a verdade e, manipular informações de forma leviana.

Fui vítima e agora? 

Sílvia orienta sempre ter cuidado antes de fornecer informações pessoais, pois há golpistas tentando a todo tempo angariar vantagens e utilizam de vários meios para ações mal-intencionadas. “Quando há suspeita de ter sido alvo de manipulação de IA, é essencial adotar algumas medidas, como documentar evidências mantendo registros e reunir conversas e mensagens com chatbots. Isso possibilitará fornecer materiais para investigação, caso seja necessário denunciar o incidente”.

Outro ponto fundamental, segundo a professora de Direito, é que caso a ação envolva plataformas de empresas ou instituições, é de extrema importância que estas sejam informadas para que possam auxiliar na investigação, assim como tomar medidas que resolvam o problema existente, evitando assim, que novas pessoas sofram com o mesmo fato.

Já para se proteger dos golpes de uma ação de Inteligência Artificial, Sílvia reforça que é importante ficar atento aos sinais e saber quais são as armadilhas mais usadas para a manipulação da IA com a finalidade de fraudar, como por exemplo o Deepfake e Phishing. “Esteja atento a solicitações suspeitas ou promessas que parecem ser boas demais. Analise a fonte e conheça a fundo para garantir que está lidando com empresas ou instituições confiáveis antes de fornecer informações pessoais ou financeiras. Além disso, considere o uso de soluções de segurança atualizadas em Inteligência Artificial Cibernética que podem bloquear atividades suspeitas relacionadas à tecnologia”, completa a especialista.

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