Fevereiro Roxo: campanha promove a conscientização em torno do Alzheimer

Dra. Roberta Lauark- credito -LorenaVinturini

No segundo mês do ano ocorre a Campanha Fevereiro Roxo, que tem o objetivo de conscientizar a população sobre o Alzheimer. A meta da campanha é reforçar a importância da identificação da doença ainda na fase inicial, para que seus sintomas sejam controlados ou retardados, oferecendo melhor qualidade de vida aos pacientes.

De acordo com a neurologista Dra. Roberta Kauark, a doença de Alzheimer é tida como a doença neurodegenerativa mais comum no mundo, ou seja, se trata de uma doença neurológica progressiva. Ainda segundo ela, a condição é a principal causa de demência, que representa o comprometimento das funções cognitivas.

“Entre os principais sintomas estão a perda de memória, dificuldade de orientação espacial e alteração da linguagem. Embora não tenha cura, os sintomas possuem tratamento”, explica.

A identificação da doença não ocorre porque tudo será “esquecido” de uma vez, já que a condição tende a se apresentar de forma progressiva.

“Em alguns casos, o comportamento pode alterar, inclusive hábitos alimentares e de sono. Vemos também a dificuldade para reter novas informações e isso progride a ponto da pessoa lembrar somente do passado. Esquecer como maneja utensílios e outras ações de autocuidado, como tomar banho, escovar os dentes também acontecem. É importante ressaltar que tudo isso ocorre durante anos, então não devemos esperar que surja de um dia para o outro”, pontua Dra. Roberta.

A condição tem componentes genéticos e não genéticos, e tende a se iniciar após os 60 anos. “A genética aumenta a susceptibilidade, mas apenas é fator determinante na minoria dos casos (inferior a 5%)”, ressalta.

O tratamento pode ser realizado com o uso de medicações específicas para melhorar sintomas neurológicos. “O objetivo é tratar as queixas de memória, sono, comportamento, depressão, ansiedade, etc.  Além dos tratamentos medicamentosos, são importantes os não-medicamentosos, como fisioterapia, terapia ocupacional, psicoterapia”. Ainda segundo a médica, é importante a atividade física aeróbica e a alimentação saudável, rica em fibras, gorduras boas, frutas e verduras.

Também podem ser utilizadas atividades não aeróbicas como pilates e musculação, bem como terapias lúdicas: artesanato, pintura. “É essencial também estabelecer rotinas: ter horário para acordar e dormir, se alimentar, um horário para cada tarefa”, orienta.

Assessoria de Imprensa

Maria del Carmen González Azevêdo

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