Estudo revela impacto de 1,4 trilhão de reais no PIB e geração de 1,5 milhão de postos de trabalho com investimento em saneamento básico

Caesb/Divulgação

Desafio para os próximos 4 anos é investimento de 308 bilhões de reais para manter a meta

Um estudo inédito da ABCON SINDCON, associação das operadoras privadas de saneamento, mostra que o setor poderá contribuir com um acréscimo no PIB de 1,4 trilhão de reais em 12 anos, com a geração de 1,5 milhão de postos de trabalho, a partir de um investimento de 893,3 bilhões de reais.

Com a universalização dos serviços, prevista em lei para até 2033, o saneamento sozinho será responsável por uma expansão de 2,7% no PIB até aquele ano.

Geração de postos de trabalho e impacto nas receitas públicas — O estudo projeta ainda a criação de 1,5 milhão de postos de trabalho e um ganho trilionário nas receitas públicas. Somando a diferença gerada com a universalização, o ganho nas receitas federais será de quase 952 bilhões de reais, um importante acréscimo que irá repercutir em todas as esferas públicas.

Apenas no setor de construção civil, haverá 5,1% a mais de postos de trabalho até 2033. No setor de saneamento, essa expansão chegará a 39,1%.

Ao final do período, o nível de emprego total no Brasil será 0,9% maior com a universalização alcançada.

Investimentos precisam ser acelerados no próximo mandato presidencial — No total, a associação estima que são necessários 893,3 bilhões de reais para o Brasil ter 99% da população com água tratada e 90% com coleta e tratamento de esgoto, até 2033.

A projeção é que pelo menos 308,1 bilhões de reais desse montante precisem ser investidos nos próximos quatro anos, ou seja, no próximo mandato presidencial, a fim de não comprometer a meta.

Com isso, em 2026, a expectativa é que 91% da população tenha água tratada e 71% conte com esgotamento sanitário.

Hoje, há 35 milhões de pessoas sem água de qualidade e quase 100 milhões vivendo sem sistema de coleta de esgoto.

Impacto positivo atinge toda a economia — O estudo demonstra que os benefícios da universalização na economia como um todo serão enormes (sem mencionar os ganhos com a saúde e o meio ambiente).

Na decomposição dos investimentos, a construção civil teria uma demanda de 606,6 bilhões de reais em 12 anos; indústria de tubulações (178,2 bilhões de reais), máquinas e equipamentos mecânicos (74,6 bilhões de reais), elétrica e A&C (7,4 bilhões de reais) e outros setores (26,5 bilhões de reais) completam a lista.
 

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