Epidemia de cigarro eletrônico atinge quase 20% dos jovens brasileiros, nos grandes centros urbanos 

Foto: Freepik

“O cigarro eletrônico é altamente viciante e é um caminho rápido para o tabagismo”, alerta a oncologista Clarissa Mathias, do NOB Oncoclínicas.

O crescimento do número de jovens brasileiros que usam o cigarro eletrônico, também conhecido como e-cigarro, vape ou pod, é um fator preocupante. Além de serem nocivos à saúde, esses dispositivos são considerados um passo para o cigarro tradicional. De acordo com dados do Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em Tempos de Pandemia, um em cada cinco jovens brasileiros, de 18 a 24 anos, usa esse tipo de dispositivo para fumar. 

“Os cigarros eletrônicos não são seguros e são altamente viciantes por causa da nicotina”, ressalta a oncologista Clarissa Mathias, do NOB Oncoclínicas. “Além disso as essências usadas nestes dispositivos possuem muitos aromas e sabores que costumam atrair os mais jovens, mas não são inofensivos ao contrário do que muitos acham”, acrescenta a médica. “O vape é um caminho fácil para o tabagismo, responsável por 90% dos casos de câncer de pulmão”, adverte. 

O cigarro eletrônico foi criado como uma alternativa ao cigarro de papel e uma suposta forma para apoiar a cessação do tabagismo, mas o que ocorre é exatamente o contrário.  De acordo com o estudo “Risco de iniciação ao tabagismo com o uso de cigarros eletrônicos”, elaborado pelo INCA e publicado na Revista Ciência e Saúde Coletiva, o uso de cigarros eletrônicos aumenta em quase três vezes e meia o risco de experimentar o cigarro convencional, e em mais de quatro o risco de passar a fumar o cigarro.

De acordo com o INCA, o cigarro eletrônico pode ser tão prejudicial quanto o cigarro tradicional, pois combina nicotina com outras substâncias tóxicas e, além de doenças respiratórias graves, pode causar vários tipos de câncer e doenças cardiovasculares. 

“Inúmeros estudos mostram que esses dispositivos usam solventes, aditivos, substâncias químicas cancerígenas, algumas inclusive desconhecidas, e extremamente tóxicas”, explica Clarissa Mathias. 

Conscientização 

Apesar de terem sua comercialização, importação e propaganda proibidas no país por meio de resolução da ANVISA, os Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs), conhecidos como cigarros eletrônicos, têm tido seu uso disseminado, especialmente entre jovens das capitais brasileiras. 

“Com as políticas públicas de controle do tabagismo, o Brasil conseguiu reduzir exponencialmente o número de fumantes, agora é preciso conscientizar a população sobre os riscos do uso desses dispositivos eletrônicos, caso contrário vamos retroceder a passos largos”, afirma Clarissa Mathias. 

“Os pais devem dialogar com seus filhos e precisam estar atentos ao risco desse vício. O cigarro eletrônico é muito atrativo para os jovens, mas definitivamente não é um dispositivo nem seguro nem inofensivo”, disse a médica. 

Arsenal contra o câncer de pulmão

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o cigarro é responsável por 25% de todas as mortes por câncer no mundo.  

O tratamento do câncer de pulmão conta com um arsenal de terapias cada dia mais avançadas e se baseia em cirurgia, tratamento sistêmico (quimioterapia, terapia alvo e imunoterapia) e radioterapia. “As cirurgias para retiradas dos tumores torácicos também têm tido avanços enormes e com as técnicas minimamente invasivas já é possível a retirada do tumor com cada vez menos tempo de internação e retorno mais rápido do paciente às suas atividades”, esclarece a oncologista Clarissa Mathias. 

A médica explica que, muitas vezes, a quimioterapia é indicada após a cirurgia para destruir células tumorais microscópicas residuais ou que estejam circulando pelo sangue. Em alguns casos, a terapia-alvo também é indicada após a cirurgia. Essa terapia, que também representa um grande avanço na oncologia, usa drogas para atacar especificamente as células cancerígenas, preservando as células saudáveis.

A combinação de tratamento sistêmico e radioterapia também pode ser administrada no início do tratamento para reduzir o tumor antes da cirurgia, ou mesmo como tratamento definitivo quando a cirurgia está contraindicada. A radioterapia isolada é utilizada algumas vezes para diminuir sintomas como falta de ar e dor.

Um dos grandes avanços da ciência na luta contra o câncer é a imunoterapia, que tem revolucionado o tratamento dos tumores de pulmão e proporcionado mais qualidade de vida e maior sobrevida aos pacientes. “A imunoterapia ativa o sistema imunológico através de uma combinação de medicamentos biológicos para lutar contra o tumor”, explica Clarissa Mathias.

Sobre a Oncoclínicas

Fundada em 2010, a Oncoclínicas (ONCO3) é o maior provedor de tratamento oncológico do Brasil e da América Latina. O grupo conta com 129 unidades, entre clínicas de especialidades, diagnóstico e prevenção do câncer, centros ambulatoriais de tratamento infusional e radioterapia, laboratórios de genômica, anatomia patológica e centros de alta complexidade (cancer centers), estrategicamente localizados em 35 cidades brasileiras. Desde sua fundação, a Oncoclínicas tem passado por um rápido processo de expansão, com o propósito de elevar e democratizar o acesso ao melhor tratamento oncológico.

O corpo clínico da Companhia é composto por mais de 1.900 médicos especialistas com ênfase em oncologia, além das equipes multidisciplinares de apoio, que são responsáveis pela linha de cuidado integral no combate ao câncer. A Oncoclínicas tem parceria exclusiva no Brasil como o Dana-Farber Cancer Institute, um dos mais renomados centros de pesquisa e tratamento do câncer no mundo, afiliado à Harvard Medical School, em Boston, EUA.

Para obter mais informações, clique aqui para acessar o site.

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