Entre 2000 e 2020, Bahia teve o 7º maior crescimento absoluto da área agrícola no país e o maior do Nordeste

Foto: Marcelo Camargo – Agência Brasil

A expansão da fronteira agrícola, sobretudo no Oeste da Bahia, foi o processo que mais modificou o uso e cobertura da terra no estado, nos últimos 20 anos.

Entre 2000 e 2020, o território baiano destinado à agricultura quase duplicou: cresceu 92,7%, passando de 16.681 para 32.150 km². Isso representou um acréscimo de 15.469 km² de área agrícola no período, o 7o aumento absoluto entre os 27 estados e o maior do Nordeste. Mesmo em termos relativos, o crescimento da área agrícola na Bahia (92,7%) ficou entre os dez maiores do país, em 9º lugar.

Nesse “top-10” de crescimento percentual na área ocupada por agricultura estão os estados que, ao lado da Bahia, formam o MATOPIBA. A região é atualmente uma das principais fronteiras agrícola do Brasil e engloba partes do território do Maranhão (crescimento de 205,5% na área destinada à agricultura entre 2000 e 2020, mais 9.182 km²), Tocantins (crescimento de 412,4% ou +12.232 km²) e Piauí (crescimento de 282,9% ou +9.475 km²).

Em termos absolutos, os maiores incrementos de área agrícola, entre 2000 e 2020, ocorreram em Mato Grosso (+56.202 km²), São Paulo (+23.887 km²) e Goiás (+21.375 km²). No outro extremo, Amazonas (-50 km²), Rio de Janeiro (-26 km²) e Acre (-8 km²) tiveram reduções na porção de seu território dedicada a essa atividade econômica.

Apesar do importante avanço da fronteira agrícola, a Bahia tinha, em 2020, só 5,7% dos seus 564.725 km² ocupados pela agricultura (eram 3,0% em 2000). Era apenas a 12a participação entre os 27 estados, num ranking liderado por São Paulo (41,5% do território ocupado pela agricultura), Paraná (36,2%) e Rio Grande do Sul (34,9%).

O segundo tipo de uso do solo que mais se expandiu na Bahia, entre 2000 e 2020, foi a pastagem com manejo. A área ocupada por essa atividade passou de 48.799 para 55.589 km², num crescimento de 13,9%, que representou mais 6.790 km² ocupados por pastagens no estado, em 20 anos.

As áreas de pastagem com manejo ocupavam, em 2020, parte mais expressiva do território baiano do que a dedicada à agricultura, 9,8% do total, com presença mais intensa no Centro-Norte e na porção Sul do estado. *IBGE

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