Em março, produção industrial baiana cresce frente a fevereiro (0,5%), mas cai em relação a março/23 (-3,4%), após 5 meses em alta

Foto: Divulgação/ IBGE/ Agência IBGE Notícias Produção industrial baiana cresce frente a fevereiro (0,5%)

Em março, produção industrial baiana cresce frente a fevereiro (0,5%), mas cai em relação a março/23 (-3,4%), após 5 meses em alta**

Frente ao mês anterior (fevereiro), indústria baiana cresceu pelo 3º mês seguido, mas em um resultado inferior ao nacional (0,9%);** Em relação ao mesmo mês do ano anterior (março/23), a produção industrial da Bahia apresentou queda (-3,4%), após cinco meses seguidos de altas. No Brasil como um todo, também houve retração nessa comparação (-2,8%);** Em março, na Bahia, 7 das 10 atividades da indústria de transformação tiveram recuos na produção, e a retração geral do setor, frente a março/23, foi puxada pelo refino de petróleo (-8,6%), que também caiu depois de crescer por cinco meses;** Ainda assim, indústria da Bahia acumula alta de 3,3% no primeiro trimestre de 2024, ficando acima do país como um todo (1,9%). Nos 12 meses encerrados em março, a produção industrial baiana tem variação positiva (0,1%). O índice, porém, se mantém abaixo do nacional (0,7%).Em março, a produção industrial da Bahia manteve-se em alta frente ao mês anterior, no caso fevereiro (0,5%). Mostrou um terceiro desempenho positivo consecutivo nessa comparação com ajuste sazonal, apesar de apresentar desaceleração no avanço (havia crescido 2,4% na passagem de dezembro/23 para janeiro e 1,4% entre janeiro e fevereiro deste ano).O resultado da indústria baiana ficou abaixo do registrado no Brasil como um todo (0,9%), mas foi o 4o crescimento entre os 15 locais que têm informações para essa comparação. Dentre os 5 com aumento de produção, Pará (3,8%), Mato Grosso (2,5%) e Santa Catarina (2,3%) lideraram.

É o que mostram os resultados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, do IBGE.Já na comparação com março de 2023, a produção industrial da Bahia recuou (-3,4%), apresentando o primeiro resultado negativo frente ao mesmo mês do ano anterior após cinco altas consecutivas nessa comparação.A queda registrada na Bahia foi mais profunda do que a do país como um todo (-2,8%) e o 7º pior índice entre os 18 locais que têm resultados nessa comparação, 11 dos quais registraram retrações na produção, sendo as maiores no Paraná (-12,6%), Amazonas (-10,9%) e em Pernambuco (-6,3%). Por outro lado, Rio Grande do Norte (16,3%), Goiás (7,0%) e Espírito Santo (4,0%) tiveram as maiores altas.

Com esses resultados, a indústria da Bahia acumula aumento de 3,3% na produção, no primeiro trimestre de 2024, frente ao mesmo período do ano anterior. O indicador fica acima do país como um todo (1,9%) e é o 9o crescimento entre os 18 locais, 16 dos quais mostram altas nesse acumulado. Nos 12 meses encerrados em março, a produção industrial baiana apresenta variação positiva (0,1%), porém abaixo do verificado nacionalmente (0,7%) e a menor alta entre os 12 locais com resultados positivos, do total de 18 pesquisados. A tabela a seguir mostra as variações da produção industrial brasileira e regional em março de 2024.

Em março, queda da indústria baiana frente ao mesmo mês do ano anterior foi puxada pelo refino de petróleo (-8,6%)A queda na produção industrial da Bahia frente a março/23 (-3,4%) ocorreu apesar da terceira alta seguida na indústria extrativa (27,7%). Foi consequência somente da retração na indústria de transformação (-4,8%), que caiu após cinco meses em alta, com recuos em 7 das 10 atividades investigadas separadamente no estado.A fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-8,6%) teve sua primeira queda após cinco meses em alta e foi o segmento que mais contribuiu para o resultado negativo da indústria baiana em geral.Embora tenha tido apenas a quinta maior retração, a atividade tem o maior peso na estrutura do setor no estado, respondendo por quase 1/3 do valor industrial gerado da Bahia. Ainda assim, no acumulado do primeiro trimestre, o segmento apresenta resultado positivo (5,4%).A metalurgia (-31,9%) teve a maior retração entre todas as atividades pesquisadas e deu a segunda maior colaboração para o resultado negativo geral da indústria baiana. O segmento cai seguidamente há três meses.Por outro lado, entre as 3 atividades da indústria de transformação com resultados positivos na Bahia, em março, a fabricação de celulose, papel e produtos de papel (32,4%) registrou o maior crescimento e exerceu a maior influência no sentido de segurar a queda geral da produção industrial baiana. O segmento cresceu pelo segundo mês seguido e teve o seu melhor resultado para um mês de março em 20 anos, desde 2004, quando havia crescido 43,3%.A segunda principal colaboração positiva para a produção da indústria baiana, em março, veio da fabricação de produtos alimentícios (4,6%), que cresceu pelo segundo mês consecutivo.

Mariana Viveiros

Superintendência Estadual do IBGE na Bahia

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