Dia Internacional da Mulher ajuda a reforçar a igualdade de gênero e o empoderamento feminino no âmbito científico e profissional

SGB estimula a inclusão feminina e promove um ambiente de trabalho mais acolhedor e diversificado
 


No Dia Internacional da Mulher, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) – que tem uma representatividade de 39,02% de mulheres na instituição – realizou homenagem a elas, evidenciando sua importância em todas as áreas das geociências. Essa iniciativa reflete o compromisso firme da instituição com a igualdade de gênero e o empoderamento feminino no âmbito científico e profissional.

Por meio de ações específicas, publicações e campanhas de sensibilização, o SGB estimula a inclusão feminina e promove um ambiente de trabalho mais acolhedor e diversificado.

Depoimentos

Adriana Souza, geóloga do SGB


Entre as vozes inspiradoras do SGB, está Adriana Souza, geóloga e pesquisadora, que atua no Museu de Ciências da Terra (MCTer), como curadora da Coleção de Minerais, Rochas e Meteoritos. Adriana, uma apaixonada pelo cinema clássico de Hollywood e pela arquitetura das décadas de 1930 e 1940, tem dedicado os últimos anos à catalogação e ao enriquecimento dessa coleção. Seu trabalho não apenas traz à luz preciosidades geológicas das primeiras expedições científicas do Brasil, mas também é um testemunho vital da geoconservação.

Quando questionada sobre a possibilidade de outras mulheres seguirem seus passos, ela responde com entusiasmo afirmativo, descrevendo a geologia não apenas como sua vocação descoberta precocemente, mas como uma carreira repleta de descobertas, desafios e um profundo sentido de contribuição para a ciência e educação, acessível e gratificante para todos.
 

Andrea com as crianças Macuxis


Para Andrea Sander, a primeira mulher do SGB que participou de um projeto na Antártida (Projeto Paleofloras do Cretáceo e Terciário da ilha King George, em parceria com a UNISINOS), e está no SGB desde 1989, sendo a primeira geóloga no quadro da Superintendência Regional de Porto Alegre, o Dia Internacional da Mulher é importante para enfatizar a necessidade de reflexão sobre as conquistas e desafios das mulheres, especialmente no campo das ciências geológicas, um setor tradicionalmente dominado por homens. “A comemoração promove a igualdade de gênero na ciência, incentivando meninas e jovens mulheres a se interessarem por carreiras científicas e tecnológicas e a desafiar estereótipos de gênero”, disse.

Ela contou um pouco da sua história. “Iniciei trabalhando no PLGB, mapeamento geológico básico. Estes programas foram escolas de mapeamento no SGB. Sempre dividi meu tempo com a petrografia, área com a qual tenho muita afinidade. Em 1995, surgiu um desafio, foi criado o Museu de Geologia e o geólogo Pércio de Morais Branco me convidou a participar. Esse espaço surgiu da demanda de escolas que buscavam no SGB informação geocientífica de qualidade. Logo a notícia de que havia um ambiente na cidade que recebia escolas gratuitamente se espalhou entre os professores e passamos a ter demandas quase que semanais. No fim dos anos 90, um edital do CNPq, aportou recursos para confeccionarmos e distribuirmos coleções didáticas de minerais e rochas, que foi um grande sucesso e essa doação continua até hoje. Esse projeto voltado a disseminação geocientífica só cresceu e, em 2019, se transformou no Programa SGBeduca.”

“Posso dizer que a geologia é uma grande paixão na minha vida e trabalhar no SGB me permite exercer essa paixão. Além disso, reforço a importância dessa data para a diversidade e inclusão no ambiente de trabalho, contribuindo para a inovação e sucesso das empresas. A celebração também demonstra o compromisso do Serviço Geológico do Brasil (SGB) com a responsabilidade social e a igualdade de gênero, alinhando-se aos princípios do Pacto Social e à sua participação em redes e comitês voltados à promoção da mulher na ciência”, enfatizou.
 

Mylène durante trabalho de campo


Outro exemplo de força feminina é a Mylène Luiza, também do MCTer, que falou da importância das datas comemorativas, como o Dia Internacional da Mulher, não apenas para celebrar as conquistas femininas, mas também para expor e combater a desigualdade e violência ainda presentes. “O papel do MCTer é muito importante, como um espaço de reflexão sobre a realidade feminina na ciência e de promoção da visibilidade das mulheres como protagonistas na história e nas conquistas científicas”, ressaltou.

Mylène aproveitou e informou sobre a próxima exposição temporária do MCTer – “Brasil Glacial” – que será ilustrada por extremos ambientais e pela argúcia científica, apresentando as evidências dos principais eventos glaciais registrados no país.

Ela acrescentou que o MCTer cuida em honrar a sua função social, sendo ambiente de universalidade e de comunicação qualificada, ampla e livre de discriminação. “A partir desse lugar, a realidade feminina presente nos cenários científicos pode ser examinada, seja nas peças do seu acervo, na sua fascinante história institucional, ou nas revelações cuidadosamente preparadas em suas exposições, onde se torna cada vez mais explícito o revés de uma ciência da mulher anônima para mulheres protagonistas das suas realizações”.

Outras atividades comemorativas

Durante o mês de março, o SGB planejou uma série de atividades em homenagem às mulheres. No dia 7 de março, ocorreu um evento especial na Residência de Fortaleza, com apoio do Comitê Pró-Equidade de Gênero, Raça e Diversidade, representado por Lila Costa Queiroz.

A programação inclui também o lançamento da campanha “Março Mulheres: IX Ciclo de Debates”, no dia 22/3, que será realizado na Superintendência Regional do SGB Belo Horizonte, bem como debate sobre a discriminação de gênero. Também está programado outras atividades comemorativas no SGB que propõem reflexões, com apoio do comitê, como o lançamento de um vídeo para o Dia Internacional da Mulher, elaborado pelo Grupo de Trabalho de Sustentabilidade.

Essas iniciativas não apenas honram as conquistas das mulheres nas geociências, mas também destacam a contínua necessidade de lutar contra as disparidades de gênero no trabalho e na sociedade. Reconhecendo o papel essencial das mulheres no progresso das geociências, o SGB se estabelece como um promotor de mudanças positivas, motivando mais mulheres a explorar carreiras científicas e contribuindo para o desenvolvimento sustentável e equitativo.

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