Dia do Beijo! Veja dicas para beijar com saúde

Foto: Freepik

Boca é a porta de entrada de infecções como a mononucleose, conhecida como Doença do Beijo. Infectologista chama atenção aos cuidados necessários 

Atenção, beijoqueiros de plantão: beijar diferentes pessoas contribui para a circulação silenciosa de vírus responsáveis por doenças infecciosas, como a mononucleose e o herpes, que trazem complicações à saúde.  

A seguir, o que você precisa saber sobre o assunto. 

Doença do beijo existe? 

Sim!

A infecção mais comum contraída por esse contato é a mononucleose, também conhecida como Doença do Beijo. “Mais de 90% da população adulta possui anticorpos contra o agente que provoca esta infecção. Isso significa que em algum momento da vida o indivíduo entrou em contato com esse vírus, mesmo que não tenha desenvolvido nenhum quadro clínico característico”, afirma Celso Granato, infectologista e diretor Clínico do Grupo Fleury, detentor da Diagnoson a+, na Bahia.  

Ele explica ainda que as pessoas que tiveram a infecção nunca mais se livram completamente do vírus, que continua “morando” na garganta ou nas amígdalas do indivíduo e, periodicamente, é eliminado na saliva. Caso alguém entre em contato com uma pessoa que o está eliminando, ainda que não esteja doente naquele momento, poderá adquirir a infecção se ainda não a teve. 

Herpes: atenção às feridas

É preciso ter atenção também com o herpes, causado por um vírus da mesma família do agente da mononucleose. O vírus Herpes simplex tipo 1 também persiste por toda a vida. Porém, apenas uma a cada cinco dessas pessoas apresentará lesões típicas de herpes de forma recorrente. Embora a infecção não seja grave, as lesões são dolorosas e podem voltar a se manifestar inúmeras vezes e acometer outras regiões do corpo. 

Feridas, sangue na boca, doenças gengivais, respiratórias, ou mesmo o descaso com a saúde e a higiene bucal aumentam os riscos. “Caso possuam feridas ou qualquer tipo de sangramento na boca é melhor não beijar ninguém ou, pelo menos, evitar beijar muitas pessoas”, alerta o especialista.  

Entre as infecções, além da mononucleose e do herpes, existem também as verrugas, chamadas popularmente de ‘crista de galo’, que ocorrem no ânus e nos genitais, mas, também, na boca. São causadas por diferentes tipos de papilomavírus humano, o HPV. 

Sinais preocupantes 

Adolescentes e adultos jovens, na faixa de 15 a 25 anos, costumam apresentar sintomas como febre, dor de garganta e aumento de linfonodos – popularmente conhecidos como gânglios ou ínguas – na região do pescoço.  

Podem aparecer também manchas vermelhas pelo corpo, além de aumento do fígado e do baço. Esses sintomas podem durar de duas a três semanas. É uma doença prolongada: nos mais jovens as manifestações são mais leves; enquanto nos mais velhos, mais intensas. 

A recomendação é procurar ajuda médica para diagnóstico e orientação. Não existe um remédio específico para a mononucleose. É indicado repouso, porque o indivíduo sente fadiga e indisposição.  

Descansar é fundamental também quando ocorre grande aumento do baço, pois em situações extremas, como uma batida, ele pode se romper. É raro, mas quando acontece é muito grave. 

Evite compartilhar copos e talheres  

A propagação do vírus ocorre a partir da saliva. Ou seja, também podemos contrair a doença por meio do compartilhamento de objetos pessoais, como talheres e copos  É possível ainda ser infectado a partir da tosse de alguém que esteja bem próximo. De toda forma, a recomendação é a mesma: sentiu algum sintoma diferente, procure um médico.  

Lembre-se:

Beijar, sim. Mas, sem se descuidar da saúde!

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