Crianças enfrentam doenças respiratórios durante o inverno

Foto: Master1305

Especialista orienta sobre prevenção e imunização contra covid e bronquiolite

Segundo dados do Ministério da Saúde (MS) houve um aumento de 30% dos casos de doenças respiratórias nos primeiros quatro meses de 2022, comparado ao mesmo período do ano passado. Normalmente as estações mais frias acentuam os quadros virais, principalmente em crianças, que possuem o sistema imunológico mais vulnerável.

Nathalia Viana, pediatra e professora do curso de Medicina da Faculdade Pitágoras diz que estas alterações são comuns com o tempo mais frio.

“O aumento de casos de bronquiolite e outras enfermidades virais é frequente nos meses de março a agosto. Mas temos visto este ano um elevado número de casos em crianças, incluindo bebês diagnosticados com bronquiolite com necessidade de internação em unidades de terapia intensiva. Eu entendo que esta incidência se deve à quantidade de vírus circulando e passando por mutações. Como os bebês e crianças não têm o sistema imunológico estabelecido, sofrem mais com estas síndromes. É importante ressaltar que o vírus que causa a gripe em um adulto pode causar bronquiolite em bebês. Dessa forma, não é ideal visitas a recém-nascidos nos primeiros meses de vida, uma vez que o vírus pode estar presente e a pessoa estar assintomática”, explica.

Assim como boa parte das viroses, a transmissão ocorre pelo ar, gotículas de quem está resfriado ou superfícies de contato, mãos ou objetos contaminados pelo vírus. Os principais sintomas são semelhantes a uma gripe, podendo apresentar chiado, dificuldade para respirar e tosse. Os sinais iniciais podem ser confundidos com outras enfermidades, mas a bronquiolite compromete a qualidade respiratória por ser “uma inflamação nas vias aéreas e produz muita secreção nos bronquíolos, os canais internos que levam ar até os pulmões. Isso gera uma obstrução parcial e impede a saída adequada de ar”, explica a pediatra.

Não existe vacina contra o vírus que causa esta inflamação, o VSR. Neste caso, a docente dá orientações sobre como prevenir a contaminação. “O ideal é evitar situações que expõem o bebê a grandes aglomerações, contato com pessoas resfriadas ou gripadas e ambientes confinados. Além disso, sempre manter as mãos higienizadas ao tocar no bebê; os protocolos essenciais que aprendemos com a Covid”, aconselha.

Já contra o coronavírus, com a oferta de vacinas para proteger crianças entre 5 e 11 anos, a especialista comenta a importância de priorizar a imunização. “À medida que as pessoas se vacinarem a tendência é enfraquecer o vírus. Sempre orientamos aos pais que busquem informações confiáveis e protejam as crianças. Todos ainda estamos suscetíveis, mas a vacinação vem demonstrando a eficácia, com a redução de mortes por covid”, conclui.

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