Coronavírus: pesquisa da FIFPro revela aumento de depressão e ansiedade entre jogadores


A FIFpro, o sindicato mundial de jogadores, diz que houve um aumento acentuado no número de atletas que relatam sintomas de depressão ou ansiedade desde que o esporte foi interrompido pela pandemia do coronavírus.

A FIFPro disse que 22% das mulheres e 13% dos homens participantes de uma pesquisa relataram sintomas “consistentes com o diagnóstico de depressão”, como falta de interesse, falta de apetite, falta de energia e baixa auto-estima.

Os números foram comparados a uma mesma pesquisa, feita em dezembro e janeiro, na qual o índice foi de 11% e 6%, respectivamente.

– No futebol, jovens atletas de ambos os sexos estão enfrentando o isolamento social, uma suspensão de suas vidas profissionais e dúvidas sobre seu futuro. É um momento de enorme incerteza para os jogadores e suas famílias, devido à insegurança de seu futuro e ao isolamento social – afirmou Vincent Gouttebarge, médico-chefe da FIFPro

A entidade disse que a pesquisa, realizada com o Centro Médico da Universidade de Amsterdã, incluiu 1.134 jogadores do sexo masculino, com idade média de 26 anos, e 468 jogadores do sexo feminino, com idade média de 23 anos, em 16 países.

O lado positivo é que, segundo Gouttebarge, quase 80% dos atletas que participaram da pesquisa ​​relataram ter acesso a recursos e apoio suficientes para sua saúde mental, geralmente através de suas associações nacionais de jogadores.

– Estamos muito conscientes de que isso é um reflexo de um problema na sociedade em geral e não há sugestão de que seja mais grave para nossos membros. Os jogadores de futebol são mais parecidos com a média da sociedade do que a maioria das pessoas pensa, e isso é simplesmente por causa dos equívocos sobre como os jogadores vivem – afirmou o secretário-geral da FIFPro, Jonas Baer-Hoffmann.

– A duração média do contrato é inferior a dois anos e a renda média é próxima à do público em geral. Muitos são incrivelmente dependentes de suas habilidades no futebol e não estão preparados para o que viria depois – salientou Baer-Hoffmann. *GE

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