Congresso Brasileiro de Psiquiatria no Centro de Convenções Salvador.

Foto: Divulgação 

Médicos poderão criar obras de arte digitais (IA) durante o XL Congresso Brasileiro de Psiquiatria
O evento acontece nesta semana no Centro de Convenções Salvador

De 18 a 21 de outubro acontece, em Salvador, o XL Congresso Brasileiro de Psiquiatria. O uso da inteligência artificial no tratamento dos transtornos mentais é um dos destaques do evento. Por meio de telas interativas (IA), os médicos vão criar obras de arte digitais em tempo real para fazer associações entre as pinturas e transtornos como ansiedade e depressão. A projeção será feita em um painel interativo no estande da Libbs Farmacêutica. O objetivo é mostrar como a arte pode fazer parte do processo terapêutico, do diagnóstico ao tratamento, a partir da análise de situações vividas pelo paciente.

Entre os temas da programação do congresso destaque para o painel de discussão sobre as características pouco conhecidas da depressão: anedonia, disfunção cognitiva e distanciamento:

• A apatia e a incapacidade de experimentar emoções, ter motivação e apresentar interesse, sendo um dos sintomas-chave das síndromes depressivas, são características da anedonia. Condição pouco conhecida, caracterizada pela perda significativa ou incapacidade de sentir prazer em atividades que antes eram consideradas agradáveis, dificultando não apenas a interação com o ambiente, mas também a capacidade de adaptação. Costuma estar associada a outros sintomas como falta de energia.

• Para muito além de tristeza, a depressão pode causar alterações na capacidade funcional, redução da velocidade no processamento de informações, redução da atenção, lapsos de memória e perda de concentração. Esses sintomas são conhecidos como disfunção cognitiva.
 

• O distanciamento afetivo é a incapacidade de experienciar emoções e/ou a redução da capacidade de resposta emocional que costuma acometer os indivíduos depressivos, o que interfere negativamente no funcionamento do organismo e na qualidade de vida, e que também impacta na resposta e remissão ao tratamento.
 

  • De acordo com pesquisas recentes:
    • Até ¾ de pacientes deprimidos relatam distanciamento afetivo durante a fase aguda da depressão
    • Até ¼ daqueles que estão em remissão com o tratamento ainda relatam a persistência desse sintoma
    • Cerca de 56% de pacientes atribuem o distanciamento afetivo à doença
    • Até 45% acreditam que isso seja um efeito colateral do tratamento com antidepressivos.
      Fonte: Christensen MC, Ren H, Fagiolini A. Emotional blunting in patients with depression. Part I: clinical characteristics. Ann Gen Psychiatry. 2022;21(1):10.

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