Começando 2022 bem: faça novos amigos

O blog abordou, em diversas ocasiões, a importância de ter amigos: laços sociais melhoram a autoestima, diminuem a ansiedade e fazem bem à saúde. No entanto, pelo menos um terço dos adultos acima dos 45 anos se sente só e 25% dos idosos com mais de 65 se encontram numa situação de isolamento. Com o passar do tempo, a tendência é de participarmos menos de ambientes que propiciam a criação de novas amizades, enquanto nosso círculo de relações vai encolhendo. Está na hora de quebrar esse círculo vicioso, porque as evidências científicas estão do lado da convivência com outros seres humanos. De acordo com artigo da plataforma Healthline, a segregação social está associada a um aumento de 50% no risco de demência; e ter uma rede pobre de relacionamentos aumenta em 29% a chance de doença coronariana, e em 32% a de derrame.

Como não adianta apenas pôr o dedo na ferida sem apontar alternativas, vamos a algumas. A primeira é criar um estado mental favorável para dar o primeiro passo: assim como nos primórdios das paqueras, na adolescência, é preciso estar aberto(a) para tomar a iniciativa de uma conversa ou de um convite, sem se sentir rejeitado(a) com um não. Na coluna de terça, eu havia mencionado como ajudar os outros é um tratamento eficaz contra a solidão. Por isso, considere a hipótese de participar de um trabalho voluntário, que vai garantir uma rotina de convivência com pessoas também empenhadas em fazer o bem. Faça uma busca na internet, para levantar as opções em sua cidade, ou procurar em sites como o Atados, que tem quase 3.500 ONGs cadastradas.

Dedique tempo e energia à causa: as pessoas não vão bater na sua porta, mas você pode ver com outros olhos as que já estão à sua volta. Podem ser conhecidos da vizinhança, do trabalho, da igreja, e o primeiro movimento para formar laços talvez intimide menos. Aliás, os amigos dos amigos são uma opção, mas alimente o contato, aceite convites e estimule seu lado sociável, ainda que esteja meio enferrujado. Gentileza gera gentileza, portanto seja um bom ouvinte e demonstre curiosidade pelas atividades alheias.

Ter um hobby ajuda bastante: em primeiro lugar, porque se trata de algo que nos traz prazer. Em segundo, porque nos permite estar na companhia de gente com as mesmas afinidades. Hoje em dia, duas comunidades entre as que mais crescem são as dos amantes de animais de estimação e as oltadas para algum tipo de atividade física – o que será ótimo para o corpo e para o cérebro. O mundo on-line embute inúmeras possibilidades de conexões digitais. Você pode procurar grupos que compartilhem seus interesses e, quando tivermos superado as limitações ainda impostas pelo coronavírus, o que era virtual tem potencial para se tornar presencial. E, se estiver lidando com uma carga muito pesada de sentimentos negativos por causa da solidão, não demore em pedir ajuda. *g1

Foto: Tatyana Kazakova para Pixabay

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