Colunista Joice Vancoppenolle: “Pequenos/grandes segredos”

Uma das melhoras coisas no mundo do vinho, é a quantidade de pequenas informações úteis que você adquire e aumentam a apreciação e o conhecimento da bebida.

Compartilho aqui, com vocês, algumas curiosidades sobre a bebida de Dionísio.

Ao poder saboroso de um prato,deve corresponder um vinho de força e caráter.

Casar um prato delicado com um vinho demasiado potente significa arriscar, em troca, camuflar o sabor do prato pelos do vinho.Por exemplo, com uma salada de polvo, escolhe-se um vinho branco seco, leve e de boa acidez como o chileno, Tabali Reserva. Com um peixe ao molho de ervas ou camarão, podemos harmonizar com o branco Vallado Douro ou o Riesling de Alsace.

Já que falamos em salada de polvo, atenção ao preparar os molhos vinagretes (use limão em vez de vinagre) e os legumes amargos (alcachofra, aspargo, endívia, espinafre, rúcula), pois eles “matam” o sabor dos vinhos de qualidade. As cenouras e as ervilhas, por sua doçura natural, depreciam os vinhos tânicos, bem como os pratos muito condimentados são difíceis de harmonizar.

Para essas harmonizações, dê preferência aos brancos e refrescantes,como o vinho verde.

Queijo e vinho, uma combinação delicada.

Ao contrário do que se pensa, os tintos se harmonizam mais dificilmente que os brancos com o queijo, pois seus taninos são acentuados pelo sal. Os queijos de massa maciae casca branca (brie e camembert), combinam bem com os vinhos produzidos a partir da cepa Chardonnay, como o Chablis, por exemplo. Do mesmo modo, os queijos de massa prensada (gouda, mimolette e gruyère), combinam com grandes Bordeaux maduros.

O vinho no qual se cozinha também deve ser servido à mesa.

Há muitos pratos em cuja preparação entra o vinho. O tradicional coq au vin francês, originalmente ao vinho de Chanturgues, torna-se um Riesling alemão ou simplesmente em um Auroranacional. A Europa, em sua maioria, cozinha seus pratos com vinho. Seja França, Grécia, Espanha ou Itália, os pratos são servidos com o mesmo vinho do preparo.

O fato de o vinho ser turvo ou apresentar sedimentos não é necessariamente um mal sinal.

Alguns vinhos jovens, porque são pouco ou não filtrados, mostram-se levemente turvos devido à presença de borras finas em suspensão que, com o tempo, formam um depósito natural. Do mesmo modo, é natural encontrar sedimentos nos vinhos velhos, ou pequenos cristais em certas garrafas, provenientes da precipitação de um componente do vinho chamado ácido tartárico, por ocasião de mudança brusca da temperatura.

Reconhecemos quatro sabores : o doce, o salgado, o ácido e o amargo.

Na degustação, os sabores interferem entre si, opondo-se ou anulando-se: o salgado reforça o amargo, o doce domina o salgado, mas sobretudo, diminui a percepção da acidez e retarda a do amargo.

No exercício da degustação, é importante julgar a harmonia dos sabores entre si e mais exatamente daqueles que são doces, de um lado, com os que são ácidos e amargos do outro, pois ela testemunha diretamente o equilíbrio do vinho. Enfim, determinamos que cada indivíduo possui a própria sensibilidade, com limiares de percepção para cada sabor.

As cepas italianas se referem frequentemente a nomes de fantasia.

Assim, a uva codadivolpe, uma variedade antiga da Campania, é chamada desse modo por analogia visual com o rabo de uma raposa. Na Emilia-Romagna, a cepa bombino, frequentemente exportada para cortes dos vinhos alemães, é denominadapagadebit (que paga as dívidas) em alusão a seu rendimento e sua rentabilidade.

“Na falta de amor e carinho, VINHO.”

Voltaire

Joice Vancoppenolle

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