Campanha em sala de cinema na Bahia debate sobre “Masculinidade Tóxica”

 

Mais um vídeo da campanha ‘Masculinidade Tóxica’, promovida pelo Governo da Bahia, foi divulgado nesta sexta-feira (7). No VT, o personagem interpretado pelo ator Miguel Vieira entra em uma sala de cinema ao celular em diálogo com o filho, antes do início da sessão, gerando nítido desconforto na plateia, que reage aos comentários machistas do suposto pai.

“Por que que você está chorando?”, questiona o homem em voz alta, chamando a atenção do público. O personagem continua: “pare de frescura, que isso é coisa de menina […] Eu estou te educando é pra ser homem, pra ser macho, rapaz”. Na sequência, após a reação dos presentes, a encenação do ator é interrompida por uma mensagem na tela do cinema: “O que você acaba de ver aqui não é educação. E nem é só falta de educação. É masculinidade tóxica, que faz mal aos homens e pode virar violência contra as mulheres”, diz o texto. No vídeo, publicado na página oficial do Governo do Estado no YouTube, o público reage à mensagem com aplausos.

Dirigido por Rodrigo Maia, o vídeo foi gravado durante sessões nos cinemas Glauber Rocha e Paseo Itaigara, em Salvador, no último fim de semana. A campanha, realizada pela Secretaria de Comunicação Social (Secom), por meio da agência Tempo Propaganda, faz parte da ação ‘Respeita as Mina’, de enfrentamento à violência contra as mulheres, que tem como objetivo sensibilizar a população para o combate à cultura machista. A campanha marca também os oito anos da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM-BA).

Outro vídeo da campanha, com outdoors, mídia eletrônica e digital, mostra o ciclo da violência doméstica e familiar e a relação com o padrão de masculinidade hegemônico. “Antes do tiro, o tapa. Antes do tapa, o grito. Antes do grito, o controle. Antes do controle, o machismo. Antes do machismo, a masculinidade tóxica”, pontua a campanha.

Masculinidade nova

A masculinidade tóxica é definida por especialistas como uma ideia de masculinidade, construída socialmente, que considera a força e a agressividade como virtudes do homem, enquanto as emoções e os sentimentos são considerados fraquezas típicas das mulheres. Expressões como “homem não chora” e “homem que é homem não leva desaforo pra casa” são representativas de um padrão de masculinidade que estimula comportamentos agressivos.

A masculinidade tóxica faz mal não apenas às mulheres, mas aos homens que, por vezes, sofrem ao se perceberem fora do padrão estabelecido como o ideal. O propósito da campanha é estimular o debate e contribuir para que os homens se permitam viver uma nova masculinidade. Por isso, a campanha tem também o site (www.masculinidadenova.com.br), com artigos, depoimentos e informações de utilidade pública. *GOV

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