BBB 23: ‘Status’ amoroso de Fred Nicácio e outros participantes; entenda o que é não-monogamia?

Foto: Rede Globo

Especialistas explicam por que relações abertas, como a dos participantes Fred Nicácio e Aline Wirley, têm se tornado cada vez mais comuns.

Fred Nicácio protagonizou um dos primeiros beijos da edição do “BBB 23”, com Gabriel Santana. Nas redes sociais, a cena chamou atenção pelo diálogo entre o médico e o ator. Durante a festa de quinta-feira (19), Gabriel disse inclusive que queria conhecer o marido de Fred. Fora do confinamento, o médico é casado com Fabio Gelonese, com quem vive uma relação não-monogâmica.

A não-monogamia é a possibilidade de estabelecer e manter vínculos amorosos com mais de uma pessoa ao mesmo tempo, define Rhuann Fernandes, pesquisador em Sociologia das Emoções e autor do livro “Negritude e Não-Monogamia: as micropolíticas do amor”.

“Cada formato tem suas características próprias”, diz Fernandes. Segundo o pesquisador, o termo funciona como um guarda-chuva que abarca diversos modelos consensuais de relações, como “poliamor, relações livres, amor livre, relacionamento aberto, swing, anarquia relacional”.

A psicanalista e escritora Regina Navarro Lins, autora de “Novas Formas de Amar”, explica por que o modelo aberto nos relacionamentos tem se tornado cada vez mais comum.

“O amor é uma construção social. Em cada período da história se apresenta de uma forma.” Segundo Regina, a concepção atual de amor romântico dá sinais de que começa a sair de cena.

“Cada pessoa quer saber do seu potencial, desenvolver suas possibilidades na vida. E o amor romântico prega o oposto da individualidade”, diz.

“Esse tipo de amor começou a ser uma possibilidade no casamento a partir do século 19. Mas entrou para valer a partir de 1940, muito incentivado pelos filmes de Hollywood.”

“As pessoas querem viver esse tipo de amor porque aprendem desde que nascem – pelas novelas músicas filmes publicidade – que isso é que é amor.”

Em seu consultório, a psicanalista atende pacientes que vivenciam relações abertas, e detalha os desafios impostos pelo formato.

“Ninguém tem parâmetro para se apoiar. Em uma relação tradicional você sabe o que funciona ou o que não funciona. Nas relações abertas você vai precisar de um tempo para poder avaliar qual é a melhor forma de propor, qual a melhor forma de se relacionar, quais são os pactos importantes e que combinações devem ter.”* Nayara Fernandes, g1

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