Baía de Todos-os-Santos completa 522 anos nesta quarta; saiba mais
Vista da Praça Municipal ao pôr do sol. Foto: Victoria Dowling / iBahia
Descoberta pelos portugueses em 1501, Baía de Todos-os-Santos é Patrimônio Cultural da Humanidade
Considerada como Patrimônio Cultural da Humanidade, a Baía de Todos-os-Santos completa nesta quarta-feira (1º) 522 anos do descobrimento pelos portugueses.
Além de compor belas paisagens, a Baía de Todos-os-Santos é a maior do Brasil e a segunda maior do mundo, ficando atrás apenas da baía de Bengala, na Ásia.
A Baía de Todos-os-Santos tem uma área de 1.233 km², quase o dobro do tamanho de Salvador, e conta com 56 ilhas. Às margens dela, ficam 16 municípios, incluindo a capital baiana.
Antes da chegada dos portugueses, a Baía de Todos-os-Santos era chamada pelos indígenas da etnia tupinambá de “Kirimurê”, que significa grande mar.
Em 1501, uma expedição portuguesa comandada por Gaspar de Lemos e acompanhada por Américo Vespúcio, cartógrafo e escritor italiano, que daria nome a todo o continente americano, foi enviada para mapear as novas terras, descobertas um ano antes por Pedro Álvares Cabral.
A expedição chegou em 1º de novembro, Dia de Todos os Santos na tradição da religião católica. O costume da época estabelecia que todos os acidentes geográficos deveriam ser nomeados de acordo com os santos dos dias onde os mesmos eram identificados. A Baía de Todos-os-Santos deu nome à capitania, província e atual estado brasileiro.
Em 1999, a Baía de Todos-os-Santos foi transformada em uma área de proteção ambiental por um decreto estadual. Em 2014, ela foi declarada sede da Amazônia Azul.
Impacto econômico
Além de oferecer uma vista exuberante, a Baía de Todos-os-Santos tem grande importância econômica. Segundo dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), das pouco mais de 40 milhões de toneladas de cargas movimentadas pela Bahia todos os anos, quase 97% foram movimentadas por portos ou terminais nas margens da Baía de Todos-os-Santos.
Sozinha, a Baía tem praticamente a mesma movimentação registrada nas outras duas grandes economias do Nordeste, Pernambuco e Ceará. Juntos, os dois estados movimentaram 47 milhões de toneladas em seus portos no ano de 2022.
