Artistas e personalidades falam sobre a importância do 25 de julho

Fotos: Divulgação/Flora Negri | Divulgação | Reprodução/Redes Sociais

Hoje se comemora o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e diversas vozes ressaltaram a relevância da data

Hoje se celebra o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. E data está ganhando maior visibilidade a cada ano, não só pelas ações, mas principalmente por se tratar de um marco fundamental na luta contra as discriminações, na importância da denúncia de opressões e no debate de soluções contra o racismo e o sexismo em toda cidade, estado ou país.

Aqui no Brasil, o dia 25 de julho ganha ainda mais força. Isso porque também é celebrado o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. E pensando nisso, o iBahia resolveu reunir falar de vozes potentes sobre a data e sobre vivências pessoais delas.

Abaixo, você confere uma seleção de falas de mulheres negras e seus pontos de vista dedicados à reflexão, conscientização e debate. Vale pontuar que algumas delas fizeram parte de entrevistas da editoria Preta Bahia. Os textos completos, com trajetória das personalidades, você encontra aqui. Confira:

Lili Almeida, influenciadora digital e chef baiana

“Convoca a sociedade a refletir sobre a nossa voz na política. Essa data traz à tona a necessidade do fortalecimento da pauta e da agenda política das mulheres negras, trazendo temas cruciais relacionados à superação das desigualdades de gênero e raça.”

Gabz, cantora e atriz

“É dia da gente lembrar quem a gente é e de ver o que isso significa para a gente. Também é dia de celebrar a Tereza de Benguela, a nossa líder, quilombola, mulher guerreira e sonhadora, como muitas que temos na história do Brasil, de um país que faz parte da América Latina”, afirma a cantora e atriz.

Zezé Motta, atriz

Como artista, ativista dos Direitos Humanos e mulher negra, sei o quanto é fundamental a representatividade e o reconhecimento da nossa cultura…Essa data foi instituída em homenagem à líder quilombola Tereza de Benguela e nos lembra que a riqueza da nossa nação está na diversidade de suas cores, ritmos, tradições e ancestralidades.”

Olívia Santana, deputada baiana

“Ser mulher negra na política também é confrontar-se, cotidianamente, com violências diversas, de isolamento, de não pertencimento e mesmo de retaliação.”

A data representa um marco da união de vozes de mulheres afrodescendentes de todo um continente.

Bárbara Carine, doutora, educadora e escritora baiana

“O racismo é uma grande estrutura que aprisiona pessoas negras e coloca dique nos processos de avanço sociais dessas pessoas.”


Artistas e personalidades falam sobre a importância do 25 de julho
Fotos: Divulgação/Lucas Nogueira | Divulgação/Miguel Sá

Donminique Santos, jornalista e mãe da cantora Lilica Rocha

“A gente entende que a educação precisa estar fundamentada a partir de uma realidade que nós vivemos. Então, se a gente vive em um país que é estruturalmente racista, machista, que tem várias questões das quais isso vai nos atravessar, a educação dessa criança vai passar por processos que possibilitem ela estar empoderada para lidar com essas questões quando elas se apresentarem. Porque, querendo ou não, essas questão vão atravessar a vida desse ser humano”, completou.

Maria Gal, atriz baiana

“A gente ainda não se vê. Temos essa imensa invisibilidade também no audiovisual, e eu poder buscar e querer ambicionar esse protagonismo é de extrema importância para o Brasil. Para que o Brasil veja o Brasil real. Na maioria das vezes não é. Apresentadores, jornalistas, diretores…a maioria é branca. A gente precisa e quer ocupar esses espaços”.

Adriana Portela, maestrina da Didá

“Mulher toca tambor sim, mulher faz o que ela quiser, onde ela quiser, nós temos esse direito. E é preciso acreditar em si, no seu potencial e atravessar os perrengues. Tem que pesquisar, não estar por estar e sim porque você quer estar. Aprender para ser uma referência a partir do momento em que a gente assume uma [alta] posição. É preciso acreditar em si e ver que é capaz de realizar aquilo”.

Lara Canro, baiana poliglota e influenciadora digital

“Na França, especificamente falando, não é tão diferente em relação ao racismo. A gente sabe de toda a estrutura de países colonizadores. A França tem um contingente altíssimo de pessoas negras, mas não é diferente com relação ao racismo. A gente percebe que o olhar que pessoas brancas têm para pessoas negras é um olhar de desprezo. É bem complicado, bem tenso”

*iBahia

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