Ala política e Economia veem erro em reajuste apenas para policiais e temem pressão de outras categorias


Sessão do Congresso nesta terça-feira (21). — Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Sessão do Congresso nesta terça-feira (21). — Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Integrantes da ala política do governo Bolsonaro e também do Ministério da Economia, veem erro do presidente em defender reajuste salarial apenas para uma categoria, como a de policiais federais, no Orçamento de 2022. Na visão de lideranças ouvidas pelo blog da Andréia Sadi, o reajuste centralizado – aprovado no texto do Congresso na terça-feira (21) – vai criar uma demanda de uma série de categorias e não há espaço fiscal para qualquer manobra nas contas públicas do ano que vem.

Na avaliação de um ministro do governo, “ou concedia o reajuste linear a todas as categorias ou não dava a nenhuma”. “Mexeram em um vespeiro”, diz o aliado do presidente, que teme a pressão de outras categorias.

O ministro Paulo Guedes, como o blog relatou em novembro, já havia dito ao presidente que não havia qualquer margem para conceder reajustes gerais, como sugeriu Bolsonaro.

Por isso, Bolsonaro mandou centralizar na categoria de policiais, para fortalecer sua base de apoio de olho em votos para 2022.

Paulo Guedes, segundo o blog apurou, tem repetido nos bastidores que cabe à articulação política do governo e do Congresso segurar, agora, a pressão de demais categorias, já que a Economia “não faz política”.

Ouvido pelo blog, o líder do governo na Câmara, o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), disse que “sempre” vai haver uma reação mas que é o Executivo quem vai definir os reajustes para categorias. “Isso é por conta do Executivo, ele que vai decidir. A gente aprovou reajuste para servidor, eles que vão organizar por cada ministério e ver a melhor forma de fazer”. *g1

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