79% das pessoas com deficiência vivem com até um salário mínimo na Bahia, aponta IBGE

Foto: Freepik

Na Bahia, em 2019, viviam 1,485 milhão de pessoas de 2 anos ou mais de idade com pelo menos uma deficiência: visual, auditiva, física ou mental. Isso significa que 10,3% da população baiana nesse grupo etário, ou 1 em cada 10 pessoas de 2 anos ou mais, tinha muita dificuldade ou não conseguia de maneira alguma enxergar, ouvir, se locomover, utilizar os membros superiores ou realizar atividades habituais/ se comunicar/ brincar – mesmo se usasse aparelhos para auxiliar nessas funções (como óculos, aparelhos auditivos, próteses etc.).

O percentual de pessoas com deficiência na Bahia (10,3%) ficou acima do verificado no país como um todo e foi o 4o maior entre as 27 unidades da Federação. Em termos absolutos (1,485 milhão), o estado tinha o 3o maior total de pessoas com deficiência.

No Brasil, em 2019, 8,4% da população de 2 anos ou mais de idade tinham ao menos uma deficiência, o que correspondia a 17,258 milhões de pessoas. Acima da Bahia, com as três maiores proporções, estavam Sergipe (12,3%), Paraíba (10,7%) e Ceará (10,6%). No outro extremo, ficavam Distrito Federal (5,2%), Mato Grosso (5,6%) e Roraima (5,9%). Em números absolutos, apenas São Paulo (3,316 milhões) e Minas Gerais (1,976 milhão) superavam a Bahia.

A ocorrência de pelo menos uma deficiência tem importante correlação com a idade. Em grande parte por isso, também é maior entre aqueles grupos populacionais que costumam ser mais representativos entre os idosos: mulheres e pessoas declaradas brancas.

Em 2019, na Bahia, 1,7% das crianças de 2 a 9 anos tinham ao menos uma deficiência (26 mil pessoas); entre as pessoas com 10 a 17 anos, a proporção era de 3,3% (60 mil); subia para 4,0% na faixa de 18 a 29 anos (101 mil pessoas); era de 5,3% entre as pessoas 30 a 39 anos (124 mil); mais que dobrava, para 13,3%, na faixa de 40 a 59 anos (521 mil pessoas) e atingia seu ponto máximo entre os idosos de 60 anos ou mais de idade, quando quase 3 em cada 10 pessoas (27,5% ou 654 mil) tinham ao menos uma deficiência.

A proporção de pessoas com ao menos uma deficiência era maior também entre as mulheres (11,8%, frente a 8,5% dentre os homens) e entre as pessoas declaradas brancas (12,0%, frente a 9,8% entre as declaradas pretas ou pardas).

Outra correlação importante era com o nível de instrução. Quanto mais escolarizadas as pessoas, menor a proporção daquelas com deficiência.

Na Bahia, em 2019, 1 em 4 pessoas de 18 anos ou mais de idade sem instrução ou que tinham até o Ensino Fundamental incompleto tinha deficiência (20,2% ou 1,061 milhão). A proporção caía significativamente entre quem tinha concluído ao menos Ensino Fundamental, para 7,2% (104 mil pessoas); era de 6,0% entre os adultos com pelo menos o Ensino Médio completo (202 mil); e caía para 3,0% entre as pessoas com Ensino Superior (33 mil). *IBGE

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